Monday, June 30, 2014

VINIFICAÇÃO DE ESPUMANTES

VINIFICAÇÃO DE ESPUMANTES
Vinhos espumantes são aqueles que contêm boa quantidade de dioóxido de carbono ( CO2) dissolvido em sua composição. Essa substância fará com que o vinho ganhe seu pérlage (bolhas), formando espuma na superfície do vinho.
Os espumantes devem sofrer 2 fermentações, sendo que na última deve-se prender o CO2 na garrafa para conseguir-se as bolhas. Assim, na primeira fase consegue-se um vinho normal ou tranquilo, geralmente seco e ácido. Para que se obtenha a segunda fermentação, adiciona-se açúcar e leveduras ao vinho tranquilo.
Há duas formas de conseguir-se essa última fermentação: dentro da garrafa, como em todos os Champagnes ( méthode champénoise), obtendo-se vinhos mais finos e de maior complexidade; ou dentro dos tanques, conhecida como método Charmat, geralmente utilizado nos espumantes mais simples e baratos, jovens e frutados, para consumo de curto prazo.
Os espumantes conseguidos por carbonatação artificial (injeção de CO2), sem fermentação, ou por uma única fermentação alcoólica ou malolática, são de qualidade inferior aos mencionados acima.

VINIFICAÇÃO DE VINHOS DE SOBREMESA

VINIFICAÇÃO DE VINHOS DE SOBREMESA
Ao final da fermentação, se parte do açúcar do mosto não houver se transformado em álcool, teremos um vinho doce. Caso o teor de açúcar residual estiver acima dos 40 gramas por litro, o vinho é denominado licoroso.
Há várias técnicas que permitem produzir o vinho doce. A mais utilizada é a que consiste em interromper a fermentação alcoólica do mosto com a adição de anidrido sulforoso seguida de filtração, com o objetivo de eliminar as leveduras. Este procedimento é bastante usado na Alemanha e resulta em vinhos de baixo teor alcoólico e alta taxa de açúcar residual.
Em certas regiões da Itália e no sul da França, as uvas são secas em grandes espaços abertos logo após a colheita, o que concentra o teor de açúcar. Os Passito de Pantalleria (ilha ao sul da Sicília), os Muscat e os Banyuls ( que acompanham tão bem o chocolate) são feitos desta forma.
Vinhos de sobremesa também são feitos com a vinificação de uvas afetadas pelo fungo da Botrytis Cineria, fenômeno natural que ocorre em algumas poucas regiões produtoras como Bordeaux (Sauternes), Vale do Loire, Vale do Reno e do Mosel, e certas regiões da Austria e Hungria. Chama-se depourriture noble (podridão nobre) o efeito que esse fungo causa na uva atacando sua casca e desidratando-a. Os Sauternes de Bordeaux, feitos a partir das cepas Sauvignon Blanc e Sémillon botritizadas e tidos como os mais finos vinhos doces do mundo, são feitos dessa maneira.
A colheita tardia ( vendange tardive ou late harvest) é outra forma utilizada. Para tanto dever-se fazer a colheita algumas semanas ou meses após a data normal. A concentração de açúcar na uva ( e no mosto) eleva-se consideravelmente, e quando da fermentação do mosto obtêm-se bom teor de açúcar residual. É uma técnica muito utilizada na Alsácia (França), Alemanha, Austrália e outros países do chamado Novo Mundo.
Adicionando-se álcool neutro ou vínico (aguardente) ao mosto durante a fermentação consegue-se interrompê-la, pois as leveduras não resistem a essa alta concentração alcoólica.Com essa interrupção consegue-se mais açúcar residual, portanto, vinho doce. Obtêm-se então o vinho fortificado, cujos exemplos mais conhecidos são o Porto, o Marsala, o Madeira e os vins doux naturels do sul da França ( Muscat de Rivesaltes e de Beaumes-de-Venise). No Jerez adocicado do sul da Espanha o processo é um pouco diferente, sendo a fortificação realizada após o final da fermentação, quando se adiciona o suco de uvas doce.

Sunday, June 29, 2014

VINIFICAÇÃO DE VINHOS BRANCOS

VINIFICAÇÃO DE VINHOS BRANCOS
Na vinificação de vinhos brancos a fermentação alcoólica do mosto ocorre sem a presença de suas partes sólidas ( cascas e sementes). Não ocorre, portanto, a maceração, fermentando-se apenas o suco da uva.
Os bagos devem passar rapidamente da desengaçadeira para a prensa pneumática, onde serão pressionados com cuidado a fim de obter-se o mosto, que será imediatamente sulfitado e filtrado. Segue então para as cubas de fermentação de aço inox. Durante a fermentação, a temperatura será controlada através de serpentinas, dentro das quais circula água fria. A temperatura deve ser mantida entre os 18 e 20C para que se obtenha um vinho branco de qualidade.
A fermentação malolática só ocorre em casos especiais, pois ela inibiria os melhores predicados de um branco: o frescor, a acidez e o aroma frutado.
Alguns brancos, como os Chardonnays do Velho e do Novo Mundo são fermentados em barricas de carvalho. VINIFICAÇÃO DE VINHOS ROSADOS
Os vinhos rosés são geralmente vinificados pelo método de maceração curta. Ou seja, vinifica-se como os tintos, partindo-se de uvas tintas, deixando-se o mosto em contato com as uvas por um período mais exíguo de tempo, que pode ser de algumas horas a até 3 dias, dependendo da tonalidade de cor desejada pelo enólogo . O mosto, depois de separado de suas partes sólidas, é então encaminhado para as cubas de fermentação de aço inox seguindo o processo como nos brancos.
Na região de Champagne, e só nesta região, elabora-se o rosé misturando-se vinho tinto ao branco, desde que todas as uvas provenham da mesma área de apelação. Trata-se da exceção que confirma a regra.

VINIFICAÇÃO DE VINHOS TINTOS

VINIFICAÇÃO DE VINHOS TINTOS
Antes de serem colocados nas cubas de fermentação, os cachos passam por uma desengaçadeira, máquina concebida para separar o engaço dos bagos de uva. As uvas ( com sementes e cascas) são encaminhadas aos tanques de fermentação, que podem ser de aço inox, madeira ou cimento.
Com as cascas rompidas, as uvas frescas sofrem a invasão das leveduras, que atacarão principalmente os açúcares da fruta, dando origem a formação de álcool etílico e gás carbônico. Este gás fará com que as partes sólidas do mosto subam à superfície e permaneçam flutuando. Para que se consiga uma boa extração de cor, deve-se mesclar a parte sólida da superfície - chamada de chapéu - com a parte líquida da parte inferior. Em tempos passados, os vinhateiros pisavam no chapéu a fim de fazer a mistura. Atualmente, usa-se um sistema de bombeamento para fazer a circulação e conseqüente mistura de todo o líquido. Tal processo é denominado remontagem.. Na vinificação dos tintos, as cascas das uvas devem ficar em contato com o suco para conferir ao vinho, além da cor, o sabor e o aroma. Os taninos também são extraídos nessa fase, chamada de maceração.
A fermentação alcoólica ou tumultuosa prosseguirá e só será interrompida em 3 situações: quando não houver mais açúcar no mosto; quando a temperatura do vinho atingir 33C; quando o vinho tiver atingido um teor alcoólico de aproximadamente 16 %, pois acima disso as leveduras não conseguem mais provocar a fermentação.
Ao seu final, o vinho é separado de suas partes sólidas , que serão encaminhadas para a prensa a fim de produzir-se um vinho inferior, denominado vinho de prensa. Esse vinho inferior é também utilizado na produção de brandies e bagaceiras.O vinho superior vai para a cuba de decantação, onde ocorre uma segunda fermentação, a malolática, quando o ácido málico se transformará em ácido lático, menos ácido e menos agressivo.
Após essa segunda fermentação, existem dois caminhos: os vinhos de guarda são encaminhados para os tonéis de carvalho para amadurecimento e envelhecimento e os vinhos mais ligeiros, de consumo rápido, para a filtragem e engarrafamento.

Saturday, June 28, 2014

O que é A VINIFICAÇÃO

O que é A VINIFICAÇÃO
Vinificação é a fase do processo da fabricação de vinho em que a presença do homem é mais marcante.
As principais etapas são:
a - Colheita
b - Desengaçamento
c - Prensagem
d - Fermentação
e - Filtragem
f - Armazenamento
Inicialmente, as uvas são colhidas e rapidamente encaminhadas ao cuvier de modo a evitar sua alteração. Segue-se, então, uma série de operações que permitirão transformar a uva e seu suco em vinho: é a vinificação, que culminará no processo de fermentação, sua principal fase.
A fermentação é um fenômeno natural no curso do qual o açúcar contido nas uvas vão se transformar em álcool sob a ação de micro-organismos: as leveduras. Ao mesmo tempo, ocorre um certo número de outras reações químicas (baixa da acidez, dissolução da cor e dos taninos, etc.)
No fim do processo de fermentação, o mosto de uvas está totalmente transformado em vinho.

CALENDÁRIO DO VITICULTOR

CALENDÁRIO DO VITICULTOR
Este calendário é Válido para o Hemisfério Norte.
O viticultor tem trabalho durante todo o ano, distribuído da seguinte maneira:
Janeiro: Poda. Feita no inverno. A planta concentra energia para os novos ramos.
Fevereiro: Finalização da poda. Estaqueamento para os enxertos de raízes.
Março: Aração do terreno visando afofar a terra.
Abril-Maio: Limpeza do terreno. Eliminam-se as ervas daninhas e parasitas. Escolha dos sarmentos a serem preservados e poda dos outros.
Junho: Floração. Deve-se amarrar os sarmentos aos arames e direcioná-los.
Julho-Agosto: Borrifar as videiras com "caldo bordalês". Cortar os brotos longos da videira.
Setembro: Colheita
Outubro: Colheita
Novembro: Aração
Dezembro: Cortar os brotos longos da videira.


O que é Viticultor?

O que é Viticultor?
O Viticultor é o agricultor que trabalha no plantio e manutenção das videiras.
As videiras são as plantas que produzem uvas.
As uvas são usadas para a fabricação do vinho.



Friday, June 27, 2014

PLANTIO E COLHEITA da Uva para o vinho

PLANTIO E COLHEITA da Uva para o vinho



A qualidade das diversas variedades de cepa é determinada por sua adequação ao solo, pelas condições climáticas e pela escolha certa da enxertia, o que, além de garantir uma boa produção, também aumenta a resistência a pragas em geral.
O local ideal para a implantação de um vinhedo são as encostas, que unemo fator insolação com a boa drenagem do solo.
As fileiras devem seguir o sentido norte-sul, para proteger as plantas do vento e expor os cachos de uva ao sol "bom" - da manhã e da tarde -, defendendo-os da radiação solar agressiva do meio do dia.
Diferentes sistemas de plantio são utilizados de acordo com a necessidade da cepa em função da topografia, insolação, etc., e se agrupam em três tipos principais:
Árvore: a videira cresce como um arbusto e os cachos se dispõem naturalmente nos galhos. Sistema utilizado em regiões muito quentes ou de pouca umidade.
Latada: os galhos da parreira são conduzidos horizontalmente num pergolado, o que garante alta produtividade e a conseqüente perda de qualidade, já que os cachos ficam pendurados sob uma trama de folhas e ramos, não recebendo a insolação necessária. Atualmente, essa técnica é mais usada para a produção de uvas de mesa.
Espaldeira: arames paralelos fazem a ligação vertical entre os pés de videira plantados em fileiras, o que permite que os cachos recebam luz direta, além de possibilitar a colheita mecânica.
Para a manutenção da qualidade do vinhedo, é necessário que se faça uma poda anual, na época em que a videira está em hibernação, tirando fora os brotos estéreis e ramos secundários para que o mesmo número de ramos e gemas seja mantido. Assim, na época própria, a planta distribuirá a seiva de maneira equilibrada, dirigindo-a principalmente ao fruto. Outras podas podem ser feitas durante o ano para a retirada do excesso de folhas, o que permite maior insolação dos cachos e reduz a umidade, diminuindo o risco de doenças.
Para que o vinho mantenha sua qualidade, é preciso que o parreiral de onde se extraem suas uvas tenha uma idade média ideal. Para tanto, desprezam-se as uvas colhidas nos primeiros quatro ou cinco anos de vida da planta e, ao mesmo tempo, o replantio é programado para que seja feita a substituição das videiras já em decadência.
Para se estabelecer o momento certo da colheita é preciso examinar a cepa em questão, as condições do tempo e até onde chegou à maturação da fruta, seja esse ponto intencional ou fortuito.
No hemisfério sul, a colheita vai de janeiro a março, e no hemisfério norte, de setembro a novembro.


3o Fator de qualidade do Vinho O CLIMA

3o Fator de qualidade do Vinho O CLIMA
Se dermos uma olhada num mapa mundi, poderemos notar que os principais produtores de vinhos de qualidade têm suas regiões vitivinícolas situadas entre os paralelos 30° e 50°, ou seja, regiões de clima semitemperado de tipo mediterrâneo.
Isso se explica pelo fato de que as uvas utilizadas na vinificação não se adaptam a temperaturas extremas, ou seja, invernos muito frios e verões muito quentes.
Além disso, para realizar a contento seu ciclo anual, a parreira necessita de temperaturas baixas no inverno que permitam seu repouso e que gradativamente aumentem durante seu ciclo vegetativo, acompanhadas de boa insolação.
O ciclo vegetativo da parreira é composto de 3 fases:
a - Hibernação - Ocorre no inverno - de novembro a março, no hemisfério norte, e de maio a agosto, no hemisfério sul -, período em que a planta hiberna. A temperatura fria é bem-vinda, mas sem exageros, não devendo passar dos 15°C negativos.
b - Floração - Ocorre na Primavera - de maio a junho, no hemisfério norte, e de setembro a outubro, no hemisfério sul. Nesse período, a planta tem necessidade de muito sol para que ocorra a maturação dos frutos. Quando ocorrem geadas e ventos fortes no final da Primavera, eles são extremamente nocivos à produção de boas uvas.
c - Frutificação - A frutificação se dá nos meses de agosto e setembro, no hemisfério norte, e dezembro e janeiro, no hemisfério sul, quando o sol e as altas temperaturas são extremamente desejáveis. As chuvas no final da frutificação são temidas porque podem causar o apodrecimento das uvas.

Thursday, June 26, 2014

O que é Terroir

O que é Terroir
Como a nossa saudade portuguesa, o termo terroir não é de fácil tradução, sendo muito caro aos franceses, principalmente àqueles da Borgonha. Não se trata apenas do solo, do terreno, mas a ele devemos somar a idéia das substâncias que compõem o subsolo, a inclinação do terreno, sua drenagem e outros conceitos microclimáticos como a insolação.
Aqueles que defendem a supremacia do terroirna elaboração do vinho, como os borgonheses e alsacianos, acreditam que o vinho deve expressar "la vrai voix de la terre" (a verdadeira voz da terra). E, para que essa "voz" seja ouvida, preconizam:
1. o uso de barricas de carvalho velhas, de aço inox ou de tanques de cimento, para se manter a neutralidade do sabor;
2. o uso de leveduras naturais;
3. a baixa produção;
4. pouca ou nenhuma filtragem
Opondo-se aos "terroiristes", como os chama Robert Parker, vamos encontrar os "realistas" ou modernistas, para quem o terroir é apenas um dos muitos fatores que influenciam o estilo do vinho, ao qual devem se somar: a filosofia da colheita, a forma de produção, as técnicas de fermentação e de vinificação, a filtragem, o tempo na madeira e na garrafa, as condições sanitárias e a temperatura da zona de armazenamento.

2o Fator de qualidade do vinho O SOLO

2o Fator de qualidade do vinho O SOLO

A videira adapta-se bem a vários tipos de solo, mas, para que isso ocorra, três fatores são muito importantes: o solo deve ser pobre, seco e ter boa drenagem.
Essas três condições permitem que as raízes da videira se desenvolvam plenamente. Os terrenos férteis possibilitam grande produção de uvas, mas a qualidade do produto não é boa. Ao contrário do que pensa a maioria, os parreirais mais famosos estão plantados em terrenos de cascalho e pedregulho, onde qualquer outra cultura seria muito pouco viável. Esse é o tipo de solo que proporciona boa drenagem e aeração, permitindo também que se armazene o calor do sol para manter as raízes aquecidas à noite, quando a temperatura cai.
Sob essas condições, as raízes da parreira atingem até 15 m, absorvendo nessa profundidade a água e as substâncias minerais de que necessita para seu desenvolvimento. A umidade excessiva faz com que as raízes apodreçam.
Vale ainda dizer que as regiões de encostas são as mais indicadas para a viticultura, pois facilitam a insolação e o escoamento das águas. quando houver irrigação artificial, o plantio deve ser no terreno plano.
A composição dos solos não é homogênea, daí a variação da qualidade e das características da uva, mas existe um fator básico e indiscutível: o solo ácido não favorece a viticultura.
Dentre a diversidade de solos existentes, podemos citar o solo de ardósia, muito comum na Alemanha, nas regiões do Saar e do Mosel, é o solo ideal para a produção de vinhos leves e aromáticos. O solo argiloso, que favorece a acumulação de água no sub-solo, não é especialmente indicado para a produção de grandes vinhos, mas funciona muito bem para os vinhos brancos doces (Loire) e tintos de boa qualidade, mas não excepcionais. O solo vulcânico, é próprio para a produção de vinhos tintos bem encorpados, com intensos aromas minerais, como os encontrados no sul da Itália e na Sicília. Já o solo calcário, é ideal para a viticultura, oferecendo pouca resistência à penetração das raízes da videira, reflete a luz solar e armazena o seu calor para o período noturno. Favorece os vinhos brancos bem estruturados, complexos e elegantes como os da Borgonha e o Champagne.

Wednesday, June 25, 2014

Vinho de Uva Sangiovese

Vinho de Uva Sangiovese
Cultivada em quase toda a região central da Itália, o seu ponto alto concentra-se na Toscana, onde é a única uva que entra na produção do Brunello de Montalcino, além de ser a base, na composição com outras uvas (em geral a Canaiolo e a Mamolo), dos Chianti, Vino Nobile di Montepulciano. A Sangiovese, em associação com a Cabernet Sauvignon, é responsável pela grande maioria dos supertoscanos.
De corpo médio a encorpado, os melhores vinhos produzidos com a Sangiovese são secos, levemente picantes. Aromas e sabores: cereja, framboesas, especiarias, tabaco, anis ou erva-doce.


Vinho de Cepa Grenache

Vinho de Cepa Grenache
Considerada a segunda uva mais extensamente cultivada no mundo, em diferentes colorações, a Grenache espalha-se pelo Sul da França (Rhône), sendo a principal uva que entra na composição do Châteauneuf-du-Pape e dos Côtes du Rhône. Sozinha, é responsável pelos rosés de Tavel e Lirac, e é também usada no vinho de sobremesa tinto Banyuls (compatibilização ideal com chocolate).
Na Espanha, onde seu cultivo é intenso, é conhecida como Garnacha Tinta, especialmente notável em Rioja e Priorato.
Na Austrália, é usada para a produção de vinhos baratos; mas, em Barossa Valley alguns produtores estão fazendo vinhos similares ao Châteauneuf-du-Pape.
Resistente ao calor e a aridez, a Grenache produz vinhos de corpo médio, frutados, com aromas de especiarias (pimenta), frutas vermelhas (framboesas) e ervas. No Châteauneuf-du-Pape, é normal a presença do aroma de óleo de linhaça.
Há também a Grenache Blanc, conhecida na Espanha como Garnacha Blanca, que é engarrafada no Sul do Rhône. Nebbiolo
Também conhecida como Spanna, Inferno e Grumello, é nativa do Piemonte e está praticamente confinada a essa região do Norte da Itália, onde é responsável pelos seus mais finos e longevos vinhos, Barolo e Barbaresco.
De casca espessa, na Itália costuma produzir vinhos escuros, secos, grandiosos, com muita acidez e taninos exuberantes.
Sem ter tido sucesso em outras regiões vinícolas do mundo, a Nebbiolo agora tem uma pequena base na Califórnia, mas os vinhos produzidos lá, até o momento, são leves e simples, não lembrando em nada os italianos.
Aromas e sabores: alcatrão, alcaçuz, violetas, rosas, ameixas secas, bolo de frutas e chocolate amargo.

Vinho de Uva Syrah (Shiraz)

Vinho de Uva Syrah (Shiraz)
Uva tinta majestosa, que envelhece até por meio século, é encontrada tanto nos vinhos das regiões de Hermitage e Côte-Rôtie e Crozes-Hermitage, na França (Syrah), como na produção do Penfolds Grange, na Austrália (Shiraz).
Crescendo bem em inúmeras áreas, produz vinhos complexos e distintos, escuros, podendo variar de relativamente tânicos a muito tânicos, alcoólicos e com aromas e sabores de especiarias.
No sul da França é usada em diversos cortes, como no Châteauneuf-du-Pape e Languedoc-Roussillon.
Na Austrália foi usada durante muito tempo para cortes triviais, mas houve um sensível aumento na produção de vinhos de alta qualidade, especialmente de antigas vinhas em Barossa Valley.
Nos Estados Unidos, a Syrah está vivendo um acréscimo de qualidade, o que lhe confere o apelo dos primeiros tempos da Pinot Noir e Zinfandel e algumas das excentricidades da Merlot, podendo também se mostrar mais fácil de ser cultivada e vinificada do que as outras tintas, à exceção da Cabernet Sauvignon.
Aromas e sabores: especiarias (pimenta-do-reino preta), frutas escuras maduras (framboesa negra, groselha negra, amora), alcaçuz, couro, caça e alcatrão, além dos "empireumáticos" (tostado e defumado). Além desses, são mencionados aromas de gengibre e chocolate, notas florais (violeta) e, em algumas regiões da Austrália, um toque discreto de hortelã.

Tuesday, June 24, 2014

Vinho de Uva Pinot Noir

Vinho de Uva Pinot Noir
Considerada a grande uva da Borgonha, a Pinot Noir é uma variedade extremamente delicada, que sofre profundamente com as mudanças ambientais, como alternâncias de frio e calor, e é notoriamente complicada para trabalhar depois de colhida, já que sua casca se rompe facilmente, liberando o suco da fruta.
A ênfase recai tanto sobre a vantagem de plantá-la em climas frios como em fazer uma rigorosa seleção clonal, pois o plantio do clone errado em locais inadequados resultam em vinhos insípidos.
Mesmo depois da fermentação, o vinho feito com a Pinot Noir é de difícil avaliação fora do barril e, mesmo na garrafa, muitas vezes varia, apresentando-se fraco num dia e exuberante no outro.
Em geral, os vinhos Pinot Noir atingem a maturidade em 8 a 10 anos, declinando pouco tempo depois.
Além de ser a uva clássica da Borgonha, ela também tem seu papel na Champagne, onde é prensada imediatamente depois de colhida a fim de produzir suco branco. A Pinot Noir é praticamente a única tinta cultivada na Alsácia. Na Califórnia, os vinhos Pinot Noir se destacaram no fim dos anos 80 e início dos 90, e parecem ter possibilidade de progredir futuramente. Para melhorar substancialmente a qualidade, é preciso não vinificar a Pinot Noir como se fosse Cabernet, deve-se plantar os vinhedos em climas mais frios e não se esquecer de que a produção deve ser pequena e controlada.
Aromas e sabores: Quando jovem, frutas vermelhas (framboesas, morangos e cerejas). Na Borgonha, notas florais (violeta), enquanto na Califórnia e na Austrália, surge o café torrado (aromas "empireumáticos").
Maduro, principalmente na Borgonha, lembra caça, couro, alcaçuz, trufas negras, estábulo e o "sous-bois", misto de terra úmida, cogumelos e folhas em decomposição.

Vinho Merlot

Vinho Merlot
Foi a uva tinta de maior sucesso nos anos 90. Embora usada principalmente para corte nos grandes vinhos de Bordeaux, ela também faz carreira solo. Em St.-Émilion e Pomerol, em especial, produz vinhos notáveis, cujo exemplar mais famoso é o Château Petrus, feito quase exclusivamente com Merlot. No Novo Mundo, marca presença na Califórnia, no Chile e na Austrália.
A uva Merlot, em geral, produz vinhos menos ácidos e menos tânicos do que a Cabernet Sauvignon, mas, como ela, também se beneficia do tratamento em carvalho. Com um potencial de envelhecimento de moderado a bom, pode ficar mais suave com a idade, mas com freqüência os aromas de fruta decaem e os herbáceos dominam.
Aromas e sabores: frutas vermelhas escuras - amoras pretas e ameixas pretas. Para olfatos mais afiados, surgem também aromas de rosas e bolo de frutas. Quando tratado em tonéis de carvalho, o vinho apresenta uma textura mais rica e um agradável toque de chocolate.

Vinho Cabernet Sauvignon

Vinho Cabernet Sauvignon
Indiscutivelmente a rainha das uvas tintas, por sua alta qualidade e adaptabilidade tem sido cultivada em quase todas as regiões vinícolas do mundo. Desde o século XVIII é utilizada em Bordeaux, sempre mesclada com Cabernet Franc, Merlot e algumas vezes uma pitadade Petit Verdot. O modelo estabelecido por Bordeaux não se destina apenas à produção de vinhos complexos, mas se deve também à necessidade de garantir que diferentes variedades de uva amadureçam a intervalos diversos ou para dar cor, tanino ou corpo ao vinho.

No resto do mundo, ela é utilizada tanto sozinha como em composição com outras uvas.
Uva pequena, a proporção que apresenta entre polpa e semente é 1/12, em oposição a 1/25 da Sémillon. A semente da Cabernet Sauvignon é um elemento da maior importância para a presença abundante de taninos, enquanto a casca espessa e de cor intensa lhe confere uma coloração profunda, além de torná-la relativamente resistente ao apodrecimento.
O vinho Cabernet se dá muito bem com a madeira e normalmente passa de 15 a 30 meses em barris de carvalho franceses ou americanos, novos ou usados.
Quando produzida dentro de suas melhores condições, a Cabernet sem misturas produz vinhos intensos e de aromas bem pronunciados.
Aromas e sabores: quando jovem, groselhas negras, cassis e ameixas pretas. Mais adiante, carne de caça, couro, chocolate e azeitonas. Quando tratado em carvalho, irá revelar aromas de cedro, tabaco e minerais.
Aromas de hortelã e de eucalipto podem surgir em vinhos produzidos no Chile e na Austrália.

Vinho de Uva Sémillon

Vinho de Uva Sémillon
Sozinha ou acompanhada, produz um vinho que envelhece bem. Com a Sauvignon Blanc, é a base dos Sauternes e da maioria dos grandes vinhos secos de Graves e Pessac-Léognan, todos muito ricos e lembrando mel. A Sémillon é uma das uvas suscetíveis ao ataque da Botrytis cinerea, daí sua utilização na produção de vinhos doces.
Na Austrália, é empregada sozinha para produzir um vinho branco seco e encorpado. Na África do Sul já teve um papel importante, mas teve um declínio expressivo nos últimos anos. É bastante plantada no Chile.
Aromas e sabores: variam com as combinações com outras uvas, mas podemos dizer que os mais comuns são: grama, cítricos, lanolina, mel e torradas.
Principais variedades tintas e brancas da Vitis vinifera e as regiões onde são produzidas.
Variedade
Tipo
Região
Aligoté
B
França (Borgonha), Rússia
Alvarinho
B
Portugal (Vinhos Verdes)
Barbera
T
Itália (Piemonte), Califórnia
Bonarda
T
Itália (Piemonte, Emilia-Romagna)
Cabernet Franc
T
França (Bordeaux: St. Émilion, Loire)
Cabernet Sauvignon
T
França, (Bordeaux, Médoc, Graves), Califórnia, Chile, Austrália, África do Sul e outras regiões.
Canaiolo
T
Itália (Toscana)
Carignan
T
França (Côtes du Rhône, Provence, Languedoc), Espanha, Itália, Califórnia
Carmenère
T
França (Bordeaux), Chile
Chardonnay
B
França (Borgonha, Champagne), Califórnia, Chile, Austrália, Nova Zelândia
Chasselas (Fendant)
B
França (Alsácia, Loire), Alemanha (Baden), Suíça
Chenin Blanc (Steen)
B
França (Loire), Califórnia, África do Sul
Gamay
T
França (Beaujolais)
Gewürztraminer
B
França (Alsácia), Alemanha, Itália (Norte), Califórnia
Grenache (Alicante, Garnacha, Cannonau)
T
França (Côtes du Rhône, Provence, Languedoc), Sardenha, Espanha (Rioja), Portugal, Califórnia
Grignolino
T
Itália (Piemonte)
Lambrusco
T
Itália (Emilia-Romagna)
Malbec (Côt
T
França (Cahors), Argentina, Chile
Malvasia (Malmsey)
B
Mediterrâneo, Ilha da Madeira
Merlot
T
França (Bordeaux: Pomerol, St-Émilion), Itália (Norte)
Müller Thurgau
B
Alemanha
Muscadelle
B
França (Bordeaux)
Muscat
B
Mediterrâneo, França, Espanha, Austrália
Nebbiolo
T
Itália (Piemonte, Lombardia)
Palomino
B
Espanha (Jerez)
Petit Verdot
T
França (Bordeaux)
Petite Syrah
T
França, Califórnia
Pinot Blanc
B
França (Borgonha, Champagne, Alsácia), Alemanha, Itália (Norte), Califórnia, Chile
Pinot Noir
T
França (Borgonha, Champagne), Alemanha, Califórnia, Chile
Riesling itálico
B
Itália (Norte), Europa Oriental
Riesling renano
B
Alemanha, França (Alsácia), Áustria, Califórnia, Chile
Sangiovese (Sangioveto
T
Itália (Toscana, Emilia-Romagna)
Sauvignon Blanc
B
França (Bordeaux: Loire), Califórnia, Chile, Nova Zelândia
Sémillon
B
França (Bordeaux: Sauternes), Califórnia, Chile, Austrália
Syrah (Shiraz)
T
França (Rhône, Provence, Languedoc), África do Sul, Austrália
Silvaner
B
Alemanha, França (Alsácia), Itália (Norte), Califórnia
Tempranillo
T
Espanha (Rioja), Portugal
Touriga Nacional
T
Portugal (Douro e Dão)
Touriga Francesa
T
Portugal (Douro)
Trebbiano (Ugni blanc, St. Émilion)
B
Itália (Toscana, Emilia-Romagna, Vêneto, Lombardia), França (Cognac, Provence)
Vernaccia
B
Itália (Ligúria, Marches, Toscana, Sardenha)
Zinfandel
T
Califórnia

Vinho de Uva Sémillon

Vinho de Uva Sémillon
Sozinha ou acompanhada, produz um vinho que envelhece bem. Com a Sauvignon Blanc, é a base dos Sauternes e da maioria dos grandes vinhos secos de Graves e Pessac-Léognan, todos muito ricos e lembrando mel. A Sémillon é uma das uvas suscetíveis ao ataque da Botrytis cinerea, daí sua utilização na produção de vinhos doces.
Na Austrália, é empregada sozinha para produzir um vinho branco seco e encorpado. Na África do Sul já teve um papel importante, mas teve um declínio expressivo nos últimos anos. É bastante plantada no Chile.
Aromas e sabores: variam com as combinações com outras uvas, mas podemos dizer que os mais comuns são: grama, cítricos, lanolina, mel e torradas.
Principais variedades tintas e brancas da Vitis vinifera e as regiões onde são produzidas.
Variedade
Tipo
Região
Aligoté
B
França (Borgonha), Rússia
Alvarinho
B
Portugal (Vinhos Verdes)
Barbera
T
Itália (Piemonte), Califórnia
Bonarda
T
Itália (Piemonte, Emilia-Romagna)
Cabernet Franc
T
França (Bordeaux: St. Émilion, Loire)
Cabernet Sauvignon
T
França, (Bordeaux, Médoc, Graves), Califórnia, Chile, Austrália, África do Sul e outras regiões.
Canaiolo
T
Itália (Toscana)
Carignan
T
França (Côtes du Rhône, Provence, Languedoc), Espanha, Itália, Califórnia
Carmenère
T
França (Bordeaux), Chile
Chardonnay
B
França (Borgonha, Champagne), Califórnia, Chile, Austrália, Nova Zelândia
Chasselas (Fendant)
B
França (Alsácia, Loire), Alemanha (Baden), Suíça
Chenin Blanc (Steen)
B
França (Loire), Califórnia, África do Sul
Gamay
T
França (Beaujolais)
Gewürztraminer
B
França (Alsácia), Alemanha, Itália (Norte), Califórnia
Grenache (Alicante, Garnacha, Cannonau)
T
França (Côtes du Rhône, Provence, Languedoc), Sardenha, Espanha (Rioja), Portugal, Califórnia
Grignolino
T
Itália (Piemonte)
Lambrusco
T
Itália (Emilia-Romagna)
Malbec (Côt
T
França (Cahors), Argentina, Chile
Malvasia (Malmsey)
B
Mediterrâneo, Ilha da Madeira
Merlot
T
França (Bordeaux: Pomerol, St-Émilion), Itália (Norte)
Müller Thurgau
B
Alemanha
Muscadelle
B
França (Bordeaux)
Muscat
B
Mediterrâneo, França, Espanha, Austrália
Nebbiolo
T
Itália (Piemonte, Lombardia)
Palomino
B
Espanha (Jerez)
Petit Verdot
T
França (Bordeaux)
Petite Syrah
T
França, Califórnia
Pinot Blanc
B
França (Borgonha, Champagne, Alsácia), Alemanha, Itália (Norte), Califórnia, Chile
Pinot Noir
T
França (Borgonha, Champagne), Alemanha, Califórnia, Chile
Riesling itálico
B
Itália (Norte), Europa Oriental
Riesling renano
B
Alemanha, França (Alsácia), Áustria, Califórnia, Chile
Sangiovese (Sangioveto
T
Itália (Toscana, Emilia-Romagna)
Sauvignon Blanc
B
França (Bordeaux: Loire), Califórnia, Chile, Nova Zelândia
Sémillon
B
França (Bordeaux: Sauternes), Califórnia, Chile, Austrália
Syrah (Shiraz)
T
França (Rhône, Provence, Languedoc), África do Sul, Austrália
Silvaner
B
Alemanha, França (Alsácia), Itália (Norte), Califórnia
Tempranillo
T
Espanha (Rioja), Portugal
Touriga Nacional
T
Portugal (Douro e Dão)
Touriga Francesa
T
Portugal (Douro)
Trebbiano (Ugni blanc, St. Émilion)
B
Itália (Toscana, Emilia-Romagna, Vêneto, Lombardia), França (Cognac, Provence)
Vernaccia
B
Itália (Ligúria, Marches, Toscana, Sardenha)
Zinfandel
T
Califórnia

Monday, June 23, 2014

Vinho de Uva Gewürztraminer

Vinho de Uva Gewürztraminer
Dessa uva é produzida uma variedade de vinhos que vai dos completamente secos, que acompanham pratos condimentados, aos doces,_de sobremesa, feitos com uvas colhidas tardiamente - todos muito elegantes, destacando-se a parte aromática que é marcante. A melhor Gewürztraminer é a produzida na Alsácia, França; depois a da região de Pfalz, na Alemanha. Em outras regiões do globo onde é plantada ela se apresenta descaracterizada.
Com perfume floral bem definido, o vinho dessa uva é bastante encorpado, possui elevado teor alcoólico, é portanto untuoso e tem baixa acidez.
Aromas e sabores: especiarias (gengibre e canela), creme Nívea e lichias.

Vinho de Uva Chenin Blanc

Vinho de Uva Chenin Blanc
Talvez a uva mais versátil do mundo, ela é nativa de Pineau de la Loire, dela se produzindo vinhos brancos doces de grande longevidade. Como as condições no Loire variam, nos anos favoráveis da Chenin Blanc se extraem vinhos doces magníficos, com toques de mel equilibrados pela acidez harmoniosa. As safras menos beneficiadas pelo clima dão lugar a vinhos mais leves, com menos concentração e, muitas vezes, secos ou meio-doces. Na África do Sul (onde é conhecida como Steen), os vinhos dessa uva são simples, suaves, ácidos e frutados, enquanto na Nova Zelândia os vinhos são secos e se tornam cada vez mais interessantes.
Aromas e sabores: maçãs verdes, damascos, nozes, avelãs, amêndoas, mel e marzipan.

Vinho de Uva Riesling

Vinho de Uva Riesling
A Riesling Renana, a verdadeira Riesling germânica, tem também uma personalidade marcante e uma acidez bastante elevada, apresentando-se melhor sem o tratamento em carvalho. Mais adaptável do que a Sauvignon, é plantada tanto no clima frio da Alemanha e da Alsácia quanto no calor da Austrália. Sujeita ao ataque do fungo Botrytis cinerea que produz a "podridão nobre", a Riesling pode resultar em vinhos ricos e doces. Como a Chardonnay, os vinhos feitos com ela também têm o potencial de envelhecimento longo, originando vinhos de grande complexidade.
O vinho produzido com Riesling, qualquer que seja sua origem ou idade, seja ele seco ou doce, é sempre frutado, seu equilíbrio sendo garantido por uma vívida acidez.
Aromas e sabores: petróleo/querosene, tostado, notas minerais, aromas florais (Mosel), mel (vinhos doces), maçãs verdes crocantes, maçãs cozidas com especiarias, marmelo, laranja, lima (Austrália) e maracujá (Austrália).

Vinho de cepa Sauvignon Blanc

Vinho de cepa Sauvignon Blanc
Os vinhos brancos secos mais famosos são feitos com essa uva, que, ao que parece, tem suas origens em Bordeaux. Vinificada com ou sem tratamento em tonéis de carvalho, produz vinhos muito diferenciados.
Bastante secos e marcados por sua acidez, os vinhos feitos com essa cepa têm personalidade forte.
Em combinação com outras uvas, a Sauvignon Blanc está presente nos brancos por toda a região de Bordeaux, em Pessac-Léognan, Graves e Médoc; aparece também nos Sauternes.
A Nova Zelândia conseguiu um extraordinário sucesso com essa uva, produzindo um estilo próprio de vinho, frutado e perfumado, que se espalhou pelos Estados Unidos e, então, chegou de volta à França.
Vivo e refrescante, o vinho feito com a Sauvignon Blanc vai bem com a comida, sua produção é maior e mais barata do que a do Chardonnay e ele é vendido a um preço inferior, mas mesmo os seus melhores representantes não alcançam a riqueza e a complexidade do Chardonnay.
Aromas e sabores: herbáceos, como grama cortada, folhas de groselha, aspargo em lata, groselhas brancas (gooseberry), são os mais comumente encontrados, além dos eventualmente detectados, como almíscar, feijões verdes e urtiga.
A fruta produzida no Vale do Loire muitas vezes garante a presença de aromas minerais.

Vinho de Uvas Brancas Chardonnay

Vinho de Uvas Brancas Chardonnay

Conhecida como a "Rainha das Uvas Brancas" por proporcionar vinhos complexos, ricos e bem estruturados. Além disso, é bastante versátil, adaptando-se muito bem às várias regiões vinícolas do mundo todo. Por esses e outros motivos, é tida como a contrapartida branca de outra soberana, a tinta bordalesa Cabernet Sauvignon.
Sua origem é obscura. Por muito tempo julgou-se ser ela uma mutação da Pinot Noir, chegando a ser chamada de Pinot Chardonnay. Outros acreditavam que fora trazida do Oriente Médio pelos cruzados. Atualmente, ampelógrafos de grande prestígio, como Galet, afirmam que ela é uma varietal original.
Na sua terra natal, a Borgonha, produz os melhores e mais finos vinhos brancos do mundo, como o Montrachet, o Mersault, o Poully-Fuissé, e também o Chablis. Na Champagne, é a Chardonnay a base do célebre e personalíssimo espumante que leva o nome da região, na maior parte das vezes feito com corte das uvas Pinot Noir e Pinot Meunier, podendo também ser vinificada isoladamente. Hoje está disseminada por quase todas as regiões vinícolas do mundo, com destaque para a Austrália , Califórnia, América do Sul e Itália como produtoras de bons Chardonnays.
A uva Chardonnay é pequena, redonda, ambarina e transparente ao amadurecer.Transformada em vinho, é o branco que melhor se beneficia do envelhecimento em carvalho e da fermentação em barrica. O vinho feito com essa cepa é pleno, amanteigado, frutado e, quando a vinificação inclui tratamento em tonéis de carvalho, ele terá um aroma de baunilha, além de ser macio e não apresentar acidez agressiva.
Aromas e sabores: maçã, pêra, frutas cítricas, melão, pêssego, abacaxi, manteiga, cera, mel, "balas toffee" ou "butterscotch" (espécie de caramelo feito com açúcar e manteiga ou xarope de milho), baunilha, especiarias diversas, lã molhada (na Borgonha) e minerais (Chablis).

Sunday, June 22, 2014

O princípio de complementação na fabricação do vinho

O princípio de complementação na fabricação do vinho
A combinação de frutos produzidos por diferentes variedades de cepas deve sempre obedecer um princípio de complementação. A Cabernet Sauvignon, por exemplo, combina bem com uvas que produzem vinhos mais frutados, como a Merlot, ou de climas quentes, como a Syrah, enquanto o peso da Sémillon faz um bom contraste com o aroma e a acidez da Sauvignon Blanc.
Nos países de grande tradição vinícola, como a França e a Itália, por exemplo, ocorreu, ao longo dos séculos, uma seleção natural de cepas, prevalecendo aquelas que melhor se adaptaram ao microclima local.

Outros fatores como resistência às pragas, qualidade e bom rendimento foram levados em conta. Essas cepas foram levadas posteriormente a outras regiões do mundo, sendo que algumas se adaptaram e outras, ou não se adaptaram ou perderam a tipicidade que apresentam em seu lugar de origem.
Para apreciar o vinho, é preciso ter uma visão mais detalhada das características das principais variedades de uva e como elas se apresentam nos vinhos, por isso destacamos as principais uvas brancas e tintas e as apresentamos a seguir.

O que é cepa do vinho?

O que é cepa do vinho?
A cepa é a variedade da espécie da videira que produz a UVA.
Dentre os fatores determinantes da qualidade do vinho, a variedade da cepa talvez seja o mais fácil de detectar numa degustação às cegas.
Assim, a cor do vinho é determinada pela casca da uva: vinhos tintos só podem ser extraídos de uvas com cascas escuras. Bons vinhos de sobremesa são produzidos com variedades de cepas sujeitas à "podridão nobre" ou cujos frutos amadurecem prontamente. Já os espumantes e o brandy precisam de uvas com alto teor de acidez natural.
E a maior prova de qualidade de uma variedade de cepa é sua capacidade de produzir vinhos com aromas e sabores identificáveis, mesmo que esses tenham sido influenciados pelo clima, pelo terroir e pelo tipo de plantio.

OS 4 ELEMENTOS DETERMINANTES DA QUALIDADE DO VINHO

OS 4 ELEMENTOS DETERMINANTES DA QUALIDADE DO VINHO
Os quatro elementos determinantes da qualidade do vinho são:
1 - A Cepa (Tipo da Videira e uva usada no vinho)
2 - O Solo
3 - O Clima
4 - O Armazenamento






Grupo 4 - Viníferas comuns superiores Seibel Villard

Grupo 4 - Viníferas comuns superiores Seibel Villard

Seibel.
Aspecto da planta: ramos verdes, extremidades lanosas, verde-esbranquiçadas; folhas jovens, bronzeadas, cachos médios,
cilindro-cônicos, às vezes alados; bagas de tamanho médio, cor verde-clara.
Vinho produzido: a Seibel n°2 fomece vinho neutro, de cor brilhante e intensa, ótimo quando envelhecido.

Seyve Villard.
Aspecto da planta: folhas jovens verde-bronzeadas; folhas inteiras verde-claras brilhantes; cachos médios, cônicos, soltos;
bagas pequenas, esféricas, amarelo-douradas quando maduras.
Vinho produzido: branco, de boa qualidade, de acidez elevada, frutoso.


Grupo 4 - Viníferas comuns superiores Bordô Concord Niagara

Grupo 4 - Viníferas comuns superiores Bordô Concord Niagara

Bordô (York Madeira Folha de Figo).
Uva quase desconhecida no Brasil.

Concord.
Aspecto da planta: cachos médios, pequenos, compactos. Bagas redondas, ovaladas, pretas.
Vinho produzido: de qualidade inferior.

Niagara.
Mais conhecida como uva de mesa, usada em alguns vinhos rosados.

 

Saturday, June 21, 2014

Grupo 4 - Viníferas comuns superiores Isabel Herbemont

Grupo 4 - Viníferas comuns superiores Isabel Herbemont

Isabel.
Aspecto da planta: cachos grandes, cilíndricos, freqüentemente alados; bagas médias ou grandes, ovais e pretas, com polpa
mole, sucosa e doce.
Vinho produzido: de qualidade inferior, utilizado também para sucos de uva e consumo in natura.

Herbemont.
Aspecto da planta: Cachos grandes, compridos, compactos, proeminentemente alados. Bagas redondas, pequenas, uniformes, de
cor variável, conforme as influências regionais, desde o preto até o pardo avermelhado.
Vinho produzido: branco ordinaríssimo, impotável se feito sem mistura, servindo apenas para cortes e elaboração de vinhos
compostos e destuados.

Variedade de uvas Comuns Superiores.

Variedade de uvas Comuns Superiores.
Nada melhor para entender o complicado grupo genético dos vinhos, do que examinar as variedades a seguir. Esse estudo sobre
as variedades de uva, ajudará você a identificar as origens de muitos vinhos produzidos no Brasil.
Os quatro grupos apresentam-se em ordem decrescente de qualidade, sendo: Nobres - Superiores - Especiais e Comuns Superiores.

Grupo 3 - Viníferas especiais brancas Moscato

Grupo 3 - Viníferas especiais brancas Moscato

Clairette.
Uva quase desconhecida no Brasil.

Moscato.
Aspecto da planta: cachos grandes e compactos, polpa doce e carnosa.
Vinho produzido: adocicado e com sabor característico.

Verdea.
Uva quase desconhecida no Brasil.

Variedade de uvas Especiais Brancas.

Variedade de uvas Especiais Brancas.
Nada melhor para entender o complicado grupo genético dos vinhos, do que examinar as variedades a seguir. Esse estudo sobre
as variedades de uva, ajudará você a identificar as origens de muitos vinhos produzidos no Brasil.
Os quatro grupos apresentam-se em ordem decrescente de qualidade, sendo: Nobres - Superiores - Especiais e Comuns Superiores.

Grupo 3 - Viníferas especiais tintas 2 Barbera Bonarda

Grupo 3 - Viníferas especiais tintas 2 Barbera Bonarda

Barbera.
Uva quase desconhecida no Brasil.

Bonarda.
Uva quase desconhecida no Brasil.

Syrah (falsa).
Uva quase desconhecida no Brasil.

Friday, June 20, 2014

Variedade de uvas Especiais Tintas 2.

Variedade de uvas Especiais Tintas 2.

Nada melhor para entender o complicado grupo genético dos vinhos, do que examinar as variedades a seguir. Esse estudo sobre
as variedades de uva, ajudará você a identificar as origens de muitos vinhos produzidos no Brasil.
Os quatro grupos apresentam-se em ordem decrescente de qualidade, sendo: Nobres - Superiores - Especiais e Comuns Superiores.

Grupo 3 - Viníferas especiais tintas 1 Aramon Grand noir Ruby Cabernet

Grupo 3 - Viníferas especiais tintas 1 Aramon Grand noir Ruby Cabernet

Aramon (Valdiguié).
Uva quase desconhecida no Brasil.

Carignane.
Uva quase desconhecida no Brasil.

Cinsault.
Uva quase desconhecida no Brasil.

Freisa.
Uva quase desconhecida no Brasil.

Grand noir.
Uva quase desconhecida no Brasil.

Marzemina.
Uva quase desconhecida no Brasil.

Ruby Cabernet.
Uva quase desconhecida no Brasil.

Tannat (Harriague).
Uva quase desconhecida no Brasil.

Variedade de uvas Especiais Tintas 1.

Variedade de uvas Especiais Tintas 1.

Nada melhor para entender o complicado grupo genético dos vinhos, do que examinar as variedades a seguir. Esse estudo sobre
as variedades de uva, ajudará você a identificar as origens de muitos vinhos produzidos no Brasil.
Os quatro grupos apresentam-se em ordem decrescente de qualidade, sendo: Nobres - Superiores - Especiais e Comuns Superiores.

Viníferas superiores brancas Malvasia Palomino Peverella Saint-Emilion

Viníferas superiores brancas Malvasia Palomino Peverella Saint-Emilion

Malvasia.
Uva quase desconhecida no Brasil.

Palomino.
Aspecto da planta: folha orbicular incolabada, cachos grandes, cilindro-cônicos, às vezes alados e soltos; bagas esféricas,
gordas, verdes na sombra, douradas ao sol. Polpa doce e saborosa.
Vinho produzido: branco, seco, de baixa qualidade. Melhores para xerez, porto, madeira e licorosos.

Peverella.
Aspecto da planta: cachos piramidais médios ou grandes; bagas ovais verde-amareladas, alongadas.
Vinho produzido: excelente, tipo xerez e espumantes sulinos.

Saint-Emilion (Trebiano, Ugni Blanc).
Aspecto da planta: cachos grandes de forma alada, grãos esféricos médios, polpa sucosa, adocicada.
Vinho produzido: branco de qualidade média, ácido, pouco alcoólico, seco ou suave.

Vernaccia.
Uva quase desconhecida no Brasil.

 

Viníferas superiores brancas Malvasia Palomino Peverella Saint-Emilion

Viníferas superiores brancas Malvasia Palomino Peverella Saint-Emilion

Malvasia.
Uva quase desconhecida no Brasil.

Palomino.
Aspecto da planta: folha orbicular incolabada, cachos grandes, cilindro-cônicos, às vezes alados e soltos; bagas esféricas,
gordas, verdes na sombra, douradas ao sol. Polpa doce e saborosa.
Vinho produzido: branco, seco, de baixa qualidade. Melhores para xerez, porto, madeira e licorosos.

Peverella.
Aspecto da planta: cachos piramidais médios ou grandes; bagas ovais verde-amareladas, alongadas.
Vinho produzido: excelente, tipo xerez e espumantes sulinos.

Saint-Emilion (Trebiano, Ugni Blanc).
Aspecto da planta: cachos grandes de forma alada, grãos esféricos médios, polpa sucosa, adocicada.
Vinho produzido: branco de qualidade média, ácido, pouco alcoólico, seco ou suave.

Vernaccia.
Uva quase desconhecida no Brasil.

 

Thursday, June 19, 2014

Viníferas superiores brancas Aligoté Chenin blanc

Viníferas superiores brancas Aligoté Chenin blanc

Aligoté.
Aspecto da planta: folhas inteiras ou levemente trilobadas. Cachos pequenos, cilindro-cônicos, quase sempre cerrados.
Bagas pequenas, lobosas brancas.
Vinho produzido: espumante e de mesa com leve e longínquo amargor. Bouquet característico.

Chenin blanc.
Aspecto da planta: folhas de verde intenso, lustrosas, cachos cônicos, curtos, com tendência ao cilíndrico, bem cheios;
fruto amarelo esverdeado quando maduro, de tamanho médio.
Vinho produzido: sabor frutado marcado pela presença do açúcar natural da fruta madura; vinho claro com reflexos esverdeados,
de maturação precoce.

Grupo 2 - Variedade de uvas Superiores Brancas.

Grupo 2 - Variedade de uvas Superiores Brancas.
Nada melhor para entender o complicado grupo genético dos vinhos, do que examinar as variedades a seguir. Esse estudo sobre
as variedades de uva, ajudará você a identificar as origens de muitos vinhos produzidos no Brasil.
Os quatro grupos apresentam-se em ordem decrescente de qualidade, sendo: Nobres - Superiores - Especiais e Comuns Superiores.

Grupo 2 - Viníferas superiores tintas Grenache Sangiovese

Grupo 2 - Viníferas superiores tintas Grenache Sangiovese

Canaiolo.
Uva quase desconhecida no Brasil.

Carmenére.
Uva quase desconhecida no Brasil.

Grenache.
Uva quase desconhecida no Brasil.

Lambrusco.
Uva quase desconhecida no Brasil.

Malbec.
Uva quase desconhecida no Brasil.

Nebbiolo.
Uva quase desconhecida no Brasil.

Petite Syrah (Duriff).
Uva quase desconhecida no Brasil.

Sangiovese.
Aspecto da planta: cachos soltos, bagas pretas, médias ou pequenas, ovais.
Vinho produzido: entra na fabricação do Chianti com a Canaiolo.

Variedade de uvas Superiores tintas.

Variedade de uvas Superiores tintas.
Nada melhor para entender o complicado grupo genético dos vinhos, do que examinar as variedades a seguir. Esse estudo sobre
as variedades de uva, ajudará você a identificar as origens de muitos vinhos produzidos no Brasil.
Os quatro grupos apresentam-se em ordem decrescente de qualidade, sendo: Nobres - Superiores - Especiais e Comuns Superiores.

 

Variedade de uvas Superiores tintas.

Variedade de uvas Superiores tintas.
Nada melhor para entender o complicado grupo genético dos vinhos, do que examinar as variedades a seguir. Esse estudo sobre
as variedades de uva, ajudará você a identificar as origens de muitos vinhos produzidos no Brasil.
Os quatro grupos apresentam-se em ordem decrescente de qualidade, sendo: Nobres - Superiores - Especiais e Comuns Superiores.

 

Wednesday, June 18, 2014

viníferas nobres brancas 2 Semillon Prosecco

viníferas nobres brancas 2 Semillon Prosecco

Semillon.
Aspecto da planta: ramo verde-bronzeado com nós avermelhados, folhas jovens de cor bronzeada intensa; folhas perita-lobadas;
cachos médios, cônicos, bagas verde-amareladas de sabor herbáceo.
Vinho produzido: pouco ácido, encorpado, não muito aromático e seco.

Prosecco
Uva quase desconhecida no Brasil.

Variedade de uvas nobres Brancas 2.

Variedade de uvas nobres Brancas 2.

Nada melhor para entender o complicado grupo genético dos vinhos, do que examinar as variedades a seguir. Esse estudo sobre
as variedades de uva, ajudará você a identificar as origens de muitos vinhos produzidos no Brasil.
Os quatro grupos apresentam-se em ordem decrescente de qualidade, sendo: Nobres - Superiores - Especiais e Comuns Superiores.

viníferas nobres brancas Sylvaner e Sauvignom blanc

viníferas nobres brancas Sylvaner e Sauvignom blanc

Sylvaner.
Uva quase desconhecida no Brasil.

Sauvignom blanc.
Aspecto da planta: folhagem densa, cachos pequenos, cheios e alongados, frutos pequenos, ovalados e arredondados, pele
fina sabor marcante, cor amarelo-ouro.
Vinho produzido: aroma com um toque de framboesa, um toque de especiaria, sabor ácido-refrescante, leve.

viníferas nobres brancas Riesling

viníferas nobres brancas Riesling

Riesling.
Aspecto da planta: folhas verde-escuras, opacas, lanosas na página inferior e glabras na parte superior; cahos de pequenos
a médios, cilíndricos, alados, bem cheios e de pedúnculo curto; frutos pequenos, esféricos, do verde claro ao amarelo-ouro
com traços esverdeados.
Vinho produzido: leve, fino e frutado, com aroma delicado com reminiscências florais de acácia, da flor de laranjeira e
uma ponta de canela.

 

viníferas nobres brancas Riesling

viníferas nobres brancas Riesling

Riesling.
Aspecto da planta: folhas verde-escuras, opacas, lanosas na página inferior e glabras na parte superior; cahos de pequenos
a médios, cilíndricos, alados, bem cheios e de pedúnculo curto; frutos pequenos, esféricos, do verde claro ao amarelo-ouro
com traços esverdeados.
Vinho produzido: leve, fino e frutado, com aroma delicado com reminiscências florais de acácia, da flor de laranjeira e
uma ponta de canela.

 

Tuesday, June 17, 2014

viníferas nobres brancas Pinot blanc.

viníferas nobres brancas Pinot blanc.

Pinot blanc.
Aspecto da planta: cachos de médios a pequenos, às vezes alados, às vezes cônicos; frutos pequenos, esféricos e firmes,
de pele resistente e elevado teor de tanino.
Vinho produzido: de bouquet claramente floral, paladar peculiar, bem balanceado, cheio de finesse.

viníferas nobres brancas Gewürztraminer.

viníferas nobres brancas Gewürztraminer.

Gewürztraminer.
Aspecto da planta: cachos de tamanho médio, cilíndricos e compactos, frutos pequenos, ovalados, rosados e de pele muito
firme.
Vinho produzido: herbáceo e frutado, mostra claramente o sabor da uva; aroma exuberante, extremamente perfumado.

Grupo 1 - viníferas nobres brancas Chardonnay

Grupo 1 - viníferas nobres brancas Chardonnay

Grupo 1 - viníferas nobres brancas 1.

Chardonnay.
Uva quase desconhecida no Brasil.

 

Variedade de uvas nobres Brancas 1.

Variedade de uvas nobres Brancas 1.

Nada melhor para entender o complicado grupo genético dos vinhos, do que examinar as variedades a seguir. Esse estudo sobre
as variedades de uva, ajudará você a identificar as origens de muitos vinhos produzidos no Brasil.
Os quatro grupos apresentam-se em ordem decrescente de qualidade, sendo: Nobres - Superiores - Especiais e Comuns Superiores.

 

Variedade de uvas nobres Brancas 1.

Variedade de uvas nobres Brancas 1.

Nada melhor para entender o complicado grupo genético dos vinhos, do que examinar as variedades a seguir. Esse estudo sobre
as variedades de uva, ajudará você a identificar as origens de muitos vinhos produzidos no Brasil.
Os quatro grupos apresentam-se em ordem decrescente de qualidade, sendo: Nobres - Superiores - Especiais e Comuns Superiores.

 

Monday, June 16, 2014

Grupo 1 - viníferas nobres tintas Pinot Noir.

Grupo 1 - viníferas nobres tintas Pinot Noir.

Pinot Noir.
Aspecto da planta: as folhas novas são verde-pálidas, tornam-se espessas e escurecem. Cachos pequenos, cilíndricos e
compactos. Frutos ovalados, de pele fina e cor negra com reflexo azulado.
Vinho produzido: tem cor profunda mas guarda transparência com muito brilho. Aroma floral ou frutado.

Grupo 1 - viníferas nobres tintas Beaujolais Merlot

Grupo 1 - viníferas nobres tintas Beaujolais Merlot

Camay Beaujolais.
Uva quase desconhecida no Brasil.

Merlot.
Aspecto da planta: cachos pequenos ou médios, frutos soltos, médios esféricos, escuros com traços avermelhados, polpa
suculenta, sabor leve.
Vinho produzido: cor rubi, tenro, frutado, complexo. Pode ser consumido jovem mas ganha com o envelhecimento.

Grupo 1 - viníferas nobres tintas Cabernet Franc e Sauvignom

Grupo 1 - viníferas nobres tintas Cabernet Franc e Sauvignom

Grupo 1 - viníferas nobres tintas.

Cabernet Franc e Cabernet Sauvignom.
Aspecto da planta: folhas orbiculares, verde-escuro reluzentes, cachos com formato cônico cilíndrico, alados, frutos
pequenos, suculentos, de pele fina e cor negro-azulada.
Vinho produzido: aromático, rico em sabor e de intenso bouquet, com traços florais de violetas ou o toque frutado das
framboesas.

 

Variedade de uvas nobres tintas.

Variedade de uvas nobres tintas.

Nada melhor para entender o complicado grupo genético dos vinhos, do que examinar as variedades a seguir. Esse estudo sobre
as variedades de uva, ajudará você a identificar as origens de muitos vinhos produzidos no Brasil.
Os quatro grupos apresentam-se em ordem decrescente de qualidade, sendo: Nobres - Superiores - Especiais e Comuns Superiores.

 

Variedade de uvas nobres tintas.

Variedade de uvas nobres tintas.

Nada melhor para entender o complicado grupo genético dos vinhos, do que examinar as variedades a seguir. Esse estudo sobre
as variedades de uva, ajudará você a identificar as origens de muitos vinhos produzidos no Brasil.
Os quatro grupos apresentam-se em ordem decrescente de qualidade, sendo: Nobres - Superiores - Especiais e Comuns Superiores.

 

Sunday, June 15, 2014

Ciclo vegetativo da videira.

Ciclo vegetativo da videira.
Ciclo vegetativo da parreira.

A videira é uma planta hibernante, ou seja, necessita de um período de repouso absoluto, de letargia. Nesse período ela se
rende aos fenômenos naturais e se retrai. Perde suas folhas e cai numa espécie de decrepitude vegetal. Resta-lhe apenas as
reservas acumuladas durante o ciclo vegetatívo que terminou. Com estas reservas ela deverá se manter e, depois, reerguer-se.
Em geral as parreiras hibernam no inverno. É, na maior parte dos casos, o momento apropriado - frio intenso, escassez de
luminosidade e de ar; para dormir e expor-se o menos possível. Um tempo de espera.

Durante dois ou três meses a videira aguardará o momento em que a temperatura passará a subir. Aí, paulatinamente começará
a se abrir. Entra na primavera, e começa a se abrir e a desenvolver-se até formar frutos e estes crescerem. O verão (tempo
de estio) assistirá a videira frutificada e vigorosa e, também, presenciará o instante da colheita e da queda dos frutos
temporões. Só que, quando os frutos caírem, o verão já estará assistindo de longe e quem estará se aproximando será o
outono, acompanhado do natural decréscimo da temperatura. O ciclo estará se fechando novamente e a videira, mais uma vez,
hibernará.

O ciclo dura em média 130-140 dias. É contado a partir da poda e a contagem só é interrompida quando a videira começa a
frutificar. As espécies que têm o número de dias de seu ciclo abaixo da média são chamadas precoces e as que têm acima são
chamadas tardias.

A polpa da uva.

A polpa da uva.
As polpas dos frutos armazenam energia na forma de açúcares. Além disso protegem a semente a fim de que a planta garanta a
sua perpetuação. A princípio, as sementes são as responsáveis pela manutenção da espécie. Isso porém ocorre apenas com
parreiras em estado selvagem. Nas videiras cultivadas, em geral, o que ocorre é a propagação vegetativa através de estaquia
e enxertia.

Além dos açúcares há outros compostos químicos importantes na polpa: os ácidos, os ésteres (responsáveis pelo aroma do fruto),
os sais minerais e as vitaminas. Os açúcares que mais aparecem são a glicose e a frutose. Para a vinicultura os compostos
mais importantes são os açúcares e os ácidos. Toda a luta da produção de uva para vinhos se voltará para o controle destes
dois compostos. A boa uva será aquela que tiver uma boa quantidade de açúcar e acidez equilibrada.

As características sensíveis das bagas diferem de espécie para espécie. Cor, sabor, cheiro, consistência, tamanho, forma são
peculiares a cada variedade. Cromaticamente, as bagas abrangem um espaço que vai desde o verde, passando pelo azulado, o rosado,
o vermelho, até o preto. Quanto ao sabor, oscilam entre o ácido e o doce.

As sementes da uva.

As sementes da uva.

As sementes encontram-se no centro do fruto, encobertas pela polpa. A quantidade de sementes nas uvas varia entre duas e
quatro. Há ainda espécies sem nenhuma. As sementes das bagas são ricas numa substância chamada tanino. Esta substância tem
sabor amargo e adstringente. Está presente também no engaço.

A função da película da uva.

A função da película da uva.

A película tem função protetora. Envolve a polpa e impede que os fenômenos naturais atuem direto sobre ela. É revestida
por uma matéria cerosa denominada pruína. A pruína dá mais resistência à película e diminui as possibilidades de rachamento.
Além disso ela protege a epiderme do fruto da insolação excessiva e do contato com os microorganismos trazidos pelo vento.

A função da película da uva.

A função da película da uva.

A película tem função protetora. Envolve a polpa e impede que os fenômenos naturais atuem direto sobre ela. É revestida
por uma matéria cerosa denominada pruína. A pruína dá mais resistência à película e diminui as possibilidades de rachamento.
Além disso ela protege a epiderme do fruto da insolação excessiva e do contato com os microorganismos trazidos pelo vento.

Saturday, June 14, 2014

Função dos frutos da videira.

Função dos frutos da videira.

Na videira, os frutos - ou bagas - apresentam-se agrupados em cachos. Esse agrupamento na forma de cacho é possível graças
a um esqueleto chamado engaço. Nas várias espécies os cachos variam em forma, compacidade (intensidade de aperto com que
as bagas estão dispostas no cacho) e tamanho.

O engaço permite que os frutos ou bagas apresentem-se agrupadas em cachos.

Folha, engaço, frutos.

Três partes formam o fruto ou a baga: película, polpa e sementes.

Função da flor da videira.

Função da flor da videira.

A flor é o órgão reprodutivo da videira. Na videira as flores apresentam-se na forma de cacho. São centenas de flores, que
depois de autofecundadas darão origem aos frutos. A videira é uma planta hermafrodita, ou seja, ela se autofecunda. Em suas
flores existem tanto o órgão masculino como o feminino. Não há, portanto, necessidade de polinização para que os frutos sejam
gerados. Ainda assim a fecundação cruzada é possível e existe a auto fecundação. Prova disso são as variedades híbridas,
que em sua maior parte são desenvolvidas graças à interferência do homem. Este tipo de polinização, quando ocorre nas flores
da videira, fica a cargo dos insetos.

Flores em um ramo de videira.

Flores da Videira.
Ramo florífero, Hermafrodita, Feminina, Masculina.

Função das folhas da videira.

Função das folhas da videira.

A área folicular da videira é grande e suas folhas são completas. Possuem limbo, bainha e pecíolo. O pecíolo é a parte que
liga o limbo - o corpo da folha - aos ramos. As folhas são responsáveis pela fotossíntese, processo pelo qual a seiva bruta
absorvida pelas raízes será transformada em seiva elaborada. A seiva elaborada é uma solução de água com materiais orgânicos.

Das folhas, esta seiva será encaminhada para o restante da planta através dos vasos liberianos. Na folha permanecerá apenas
a reserva de amido, que, com o surgimento do fruto, será desviado em parte para ele, e, posteriormente, transformado em
açúcares no amadurecimento.

Função dos ramos da videira.

Função dos ramos da videira.

Também chamados de varas, os ramos são os órgãos expansivos da videira. Nele fixam-se as folhas, as flores e, posteriormente,
os frutos. Os ramos da parreira são segmentados por nós, que, espacialmente equivalem a folhas em potencial. Dispõem-se
pelo ramo de forma alternada, quer dizer, a cada nó presente num determinado lado, segue-se um outro, do lado oposto. Também
com as folhas ocorre a mesma coisa.

Função dos ramos da videira.

Função dos ramos da videira.

Também chamados de varas, os ramos são os órgãos expansivos da videira. Nele fixam-se as folhas, as flores e, posteriormente,
os frutos. Os ramos da parreira são segmentados por nós, que, espacialmente equivalem a folhas em potencial. Dispõem-se
pelo ramo de forma alternada, quer dizer, a cada nó presente num determinado lado, segue-se um outro, do lado oposto. Também
com as folhas ocorre a mesma coisa.

Friday, June 13, 2014

Função das gemas da videira.

Função das gemas da videira.

As gemas são órgãos embrionários que dão origem aos ramos. Ficam dispostas pelo caule e, num segundo nível, pelos próprios
ramos. São recobertas por escamas protetoras e desabrocham no período de brotação. Dividem-se em gemas vegetativas e frutíferas
ou germinativas.

Gemas germinativas.
As gemas germinativas são aquelas que despertadas resultam em ramos frutíferos. Caracterizam-se por serem arredondadas e
volumosas.

Gemas vegetativas.
As gemas vegetativas são menores e pontiagudas. Delas, derivam os ramos ladrões, que não produzem frutos ou os fornecem de
baixa qualidade.

Função das raízes da videira.

Função das raízes da videira.

As raízes servem para sustentar a videira (parreira) no solo e, servem também, para retirar água e os nutrientes minerais
da terra. A água e os sais minerais absorvidos pelas raízes nutrem todo o restante da planta. Depois de absorvidos recebem
o nome de seiva bruta. Essa seiva movimenta-se pelo vegetal através dos vasos lenhosos, que sobem pelo caule e se distribuem
por todos os órgãos. O sistema radicular da videira é aprofundante, tem caráter expansivo e tendência a absorver muita
água do solo.

A Videira ou Parreira.

A Videira ou Parreira.

A videira ou parreira - como também é chamada - é uma planta sarmentosa, ou seja, possui caules denominados sarmentos.
Tratam-se de caules longos, delgados e flexíveis, que não se sustentam sozinhos e que precisam de um anteparo para poder
se desenvolver. São típicos dos arbustos trepadores. Devido a, isso, a videira crescerá de forma desordenada e sem
regularidade se não receber cuidados especiais. Ela simplesmente se expandirá, tentando alcançar algum apoio para
fixar-se através das gavinhas, que são seus órgãos de fixação.
As gavinhas auxiliam a videira a subir em qualquer anteparo que encoste.

Além do caule e das gavinhas a videira possui outros órgãos: raiz, ramos, gemas, folhas, flores e frutos. Cada um deles
representa uma ou várias funções para a manutenção da existência da planta.

Variedades de videiras.

Variedades de videiras.

Integrantes do gênero Vitis, as videiras compõem um dos maiores grupos do reino vegetal. São milhares de variedades diferentes
criadas pela natureza ou obtidas pelo homem através de cruzamentos. Porém, na base desse grande número de variedades estão
apenas 60 espécies. Dentre elas destacam-se: Vitis riparia, Vitis labrusca, Vitis rupestris e Vitis vinífera. Esta última
espécie é utilizada na produção de vinhos de qualidade.

A melhor faixa do globo terrestre para o cultivo de uvas se localiza onde as estações do ano são bem definidas.
Essa faixa compreende a área entre os paralelos 30 e 40, tanto no hemisfério Norte quanto no Sul

O que é Enologia?

O que é Enologia?

Enologia, a ciência do vinho
Estudo do vinho, uma ciência fascinante.

No ano de 1863 o rendoso comércio vinícola francês passava por uma grave crise. Os países que importavam o produto queixavam-se
de sua péssima qualidade. Ora, se antes de serem exportados os vinhos passavam por um rígido controle de quatidade, era
certamente durante o transporte que o produto se adulterava. Napoleão 3. preocupado com os prejuízos, procura o dentista,
e também apreciador de vinhos, Louis Pasteur, pára descobrir a origem do problema. Pasteur, entre um golinho e outro, faz
mil experiências com a bebida. Enche tubos de ensaio e percebe que depois de algum tempo o vinho branco toma-se mais escuro
e o tinto mais claro. Em seguida, enche os tubos apenas pela metade e vê que o processo se repete e muito mais rápido.
Relacionando os efeitos do tempo e do oxigênio, o cientista acaba descobrindo que o vinho envelhece gradualmente e que,
com quantidades exatas de oxigênio, pode conservar seu sabor por muitos anos. Além de salvar Napoleão 3 da bancarrota,
Louis Pasteur iniciava uma nova ciência, a enologia.

Enologia: Ciência que estuda tudo o que está relacionado com a produção e conservação de vinho.

Thursday, June 12, 2014

Mudanças recentes no consumo de vinho

Mudanças recentes no consumo de vinho
Principais mudanças ocorridas nas últimas décadas nos vinhos:
- Diminuição do consumo global - Bebe-se menos vinho hoje, devido à queda do consumo do vinho comum de garrafão, de qualidade inferior, que era consumido pelo homem comum no dia-a-dia de seu trabalho, antes do advento dos fast foods, quando o ritmo de vida era menos intenso.
- Aumento do consumo de vinhos de qualidade média para cima - Os vinhos de melhor qualidade ganharam espaço, e estão presentes quando as pessoas bebem em suas casas ou , de forma descontraída, nos restaurantes. Tornou-se um hábito de sofisticação que chegou às classes médias, não estando mais restrito às elites.
- A quantidade cedeu lugar à qualidade
- Globalização do paladar - Não podemos negar que bebemos hoje muito melhor do que nossos pais, mas perdeu-se um pouco do romantismo dos vinhos produzidos com uvas regionais, de grande tradição nas regiões produtoras. Devido à sua melhor qualidade, algumas cepas (geralmente francesas) ganharam muito espaço, sendo assimiladas por outras regiões. Podemos citar a Cabernet Sauvignon, a Merlot, a Syrah, a Chardonnay, a Sauvignon Blanc, etc. Ganhamos em qualidade em detrimento de uma certa padronização do paladar.
- Características do novo estilo - Os vinhos produzidos atualmente tendem a ser mais límpidos, mais frutados e menos tânicos, feitos para serem consumidos ainda jovens. Vale também para os brancos hoje muito mais leves e frutados.
Para atender esse novo mercado os países do chamado Novo Mundo (Austrália, Nova Zelândia, Chile, Argentina, EUA - Califórnia, etc) conseguiram se adaptar de forma mais rápida, e têm ganho muito espaço junto aos consumidores.

Comércio dos vinhos.

Comércio dos vinhos.

A ligação ferroviária Caxias do Sul-Porto Alegre, na década de 30 (1930), possibilitou o início de um comércio de vinhos, a nível
estadual e federal, ampliando o limitado comércio regional, realizado até então. Mas foi a Companhia Vinícola Rio Grandense
que possibilitou a implantação de vinhas especializadas em espécies mais finas, como a Cabernet, Franc, Merlot, Riesling,
Itálico e Trebbiano, cultivadas desde 1931, na famosa Granja União.



Vinho no sul do Brasil.

Vinho no sul do Brasil.

Dona Isabel e Campo de Bugres foram duas vilas fundadas no Rio Grande do Sul por imigrantes italianos e que hoje são as
cidades de Caxias do Sul e Bento Gonçalves. Não é por simples coincidência que os primeiros laboratórios dedicados às
pesquisas sobre o vinho surgiram nessas duas cidades, redutos das tradições italianas da fabricação da bebida. Em meados
do século XX, são inauguradas as principais vinícolas do país: a Mônaco, a Dreher, a Armando Peterlongo e a Companhia Rio
Grandense.Comparada às tradições européias, a fabricação do vinho no Brasil ainda está no início. A primeira cooperativa a beneficiar
a vinicultura foi a Cooperativa Agrícola de Caxias, criada no início do século. Depois dela, surgiram Aurora e Garibaldi,
hoje as maiores do país.

Área vitivinícola de Bento Gonçalves

O roteiro do vinho no Brasil.

O roteiro do vinho no Brasil.

Da região sul, a variedade Isabel, difundiu-se por outros Estados. Hoje é cultivada em Minas Gerais, São Paulo, Paraná,
Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Mas a verdade é que, desde D. Pedro 2, que favoreceu a imigração italiana para a
campanha gaúcha, aconselhado pelo botânico francês Saint-Hilaire, é sabido que a região mais favorável à viticultura é o
sul do Brasil. Hoje, a maioria de nossos vinhos é proveniente dessa região, confirmando as previsões de Saint-Hilaire, no
século passado.

O roteiro do vinho no Brasil.

O roteiro do vinho no Brasil.

Da região sul, a variedade Isabel, difundiu-se por outros Estados. Hoje é cultivada em Minas Gerais, São Paulo, Paraná,
Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Mas a verdade é que, desde D. Pedro 2, que favoreceu a imigração italiana para a
campanha gaúcha, aconselhado pelo botânico francês Saint-Hilaire, é sabido que a região mais favorável à viticultura é o
sul do Brasil. Hoje, a maioria de nossos vinhos é proveniente dessa região, confirmando as previsões de Saint-Hilaire, no
século passado.

Wednesday, June 11, 2014

Imigração italiana e as vinhas no Brasil.

Imigração italiana e as vinhas no Brasil.

"Terra sem padre, sem pão e sem vinho"
E assim que, desolados, os imigrantes italianos, chegados ao Brasil, se referiam à nossa terra, depois de terem tentado,
sem sucesso, cultivar aqui as mudas que haviam trazido da Itália. Oriundos de Vicenza, Piemonte, Lombardia e Veneto, os
imigrantes queriam preservar suas tradições e o vinho generoso não podia faltar à mesa. Na procura de alguma variedade que
pudesse substituir suas mudas, os italianos acabaram descobrindo as castas americanas e, principalmente, a variedade Isabel.
E começaram a fabricar com elas seus vinhos, embora descontentes com sua qualidade, sem dúvida inferior à dos vinhos italianos.

No final do século XIX, chegam ao Brasil os imigrantes italianos trazendo consigo as mesmas mudas que cultivavam na Itália.
O plantio rudimentar, no entanto, contribuiu para que fossem substituídas pelas castas americanas.

Primeiras parreiras no Brasil.

Primeiras parreiras no Brasil.

Foi um fidalgo português, de nome Brás Cubas, quem trouxe as primeiras mudas de parreiras ao Brasil. Certamente um bom
apreciador do produto, Brás Cubas não abandonaria a "terrinha" sem trazer consigo pelo menos uma garantia de bons momentos.
Mas não foi fácil cultivar esse gosto por uma boa bebida. A planta não se adaptou em sua sesmaria à beira-mar e foi preciso
transferir os vinhedos para o planalto. Começava em São Paulo, nas proximidades do Tatuapé, a produção brasileira de vinho.
Mais tarde, outros Estados foram tentando obter uma produção com as características necessárias ao bom vinho. Mas foi no Sul
do país, principalmente, que o cultivo da uva para fabricação do vinho encontrou as condições mais adequadas.

Tuesday, June 10, 2014

Vinho Dom Perignon.

Vinho Dom Perignon.

Os frades, na tranqüilidade de seus mosteiros, foram os responsáveis, durante toda a Idade Média, pelo cultivo das vinhas
na Europa. Sua alimentação frugal, de pão, queijo e azeitonas, não dispensava um bom vinho. Sábios monges, bem que conheciam
os prazeres do mundo.

Até hoje muitos brindes são feitos com a deliciosa Dom Perignon, mas pouca gente sabe quem foi esse frade francês. O esperto
monsenhor surrupiou uma invenção espanhola, a rolha. Sendo um líquido vivo, o vinho tem uma vida, na qual é jovem, amadurece
e envelhece. Para amadurecer ele precisa do ar, mas sem excesso, para evitar que se transforme em vinagre.

De posse do segredo da rolha, Dom Perignon dedicou-se a aperfeiçoar seu vinho. Por tradição, os vinhos eram conservados em
tonéis de madeira e tinham a duração de apenas um ano. Além disso, geralmente eram consumidos no próprio local de fabricação.
Utilizando garrafas de vidro, que já existiam naquela época, Dom Perignon engarrafou o champagne, protegeu-o com rolha e divulgou
seu vinho maravilhoso pelos quatro cantos do mundo. Também em Portugal, no final do século XVIII, na cidade do Porto, o vinho
passou a ser guardado em garrafas, com rolhas e lacre. E justamente Portugal e Espanha passaram a ser os dois maiores exportadores
de cortiça, material até hoje fundamental para a conservação do vinho.

O vinho e a França.

O vinho e a França.

Foram os romanos, através de suas conquistas, que divulgaram o cultivo da uva pela Europa é Norte da África. Como o vinho
era um dos principais produtos de exportação do Império Romano, só os romanos tinham permissão para cultivá-lo. Os gauleses,
no entanto, usaram um estratagema, que acabou difundindo o cultivo das vinhas por toda a França. Simpáticos e amistosos, os
gauleses conquistavam a amizade dos romanos e vendiam a eles suas terras. Comprometiam-se a ajudá-los no cultivo das vinhas,
desde que pudessem permanecer nelas. Depois da colheita, as terras eram revendidas e como a lei não dizia que as vinhas deveriam
ser retiradas, o cultivo das videiras, caprichosamente, foi se espalhando por toda a França.

Quando os romanos se retiraram da Gália, deixaram diversas vinícolas: Borgonha, Champagne, Côtes du Rhône, Bordeaux e Paris.
Dessas, apenas Paris está desativada. As outras ainda produzem um vinho finíssimo, de sabor inconfundível. Até hoje o vinho
francês é considerado um dos melhores do mundo. Essa fama se deve, em parte, ao rigoroso controle de qualidade feito desde
a época de Luís XII, o primeiro rei que se preocupou em decretar leis de controle de qualidade. Conta-se que no castelo de
Mouton Rothschield, safras inteiras que não satisfaziam às exigências eram destruídas para não comprometer a procedência dos
vinhos.

Para não comprometer a procedência do vinho, Luis XII, da França, foi o primeiro a baixar leis de controle de qualidade,
burocratizando, assim a exigência primordial dos apreciadores da bebida.

Cortesãos interrompem trabalhos dos viticultores.

Monday, June 9, 2014

Armazenamento Romano de vinhos.

Armazenamento Romano de vinhos.
Em 121 a.C., os romanos conseguiram produzir um dos vinhos mais famosos, o Opimiano. Ele foi guardado e envelhecido em
ânforas de barro e consumido 125 anos depois de sua fabricação. Foi nessa época que a maneira de armazenar o vinho foi sendo
aperfeiçoada. De tonéis de barro, passou a ser estocado em barris de madeira e o vinho deixava de ser fumegante e começa a
ser estocado em adegas.

Modelo de barril romano.

Durante toda a Idade Média, até o século XVIII, o vinho foi conservado em tonéis de madeira.

Ânfora chinesa.
A produção de vinho no mundo antigo era feita a partir de uvas doces, esmagadas em enormes tanques. Daí, o conteúdo era
transferido para as ânforas, tampadas e conservadas em terraços sob a luz solar.

Festas romanas.

Festas romanas.

Apoderando-se de toda a cultura grega, nem os deuses escaparam aos romanos. Foi assim que Dionísio virou Baco e suas festas,
as bacanais. Se hoje bacanal quer dizer orgia, é justamente dessa época que vem o seu significado, lembrando as homenagens
feitas a esse deus beberrão, com muita música e romances suspeitos.

Sunday, June 8, 2014

Os famosos vinhos romanos.

Os famosos vinhos romanos.

Foi com os gregos que os romanos aprenderam, entre muitas outras coisas, a arte de beber vinho. Como não eram tão bons
fabricantes, havia entre os vinhos romanos marcas melhores e piores. Foi aí que surgiram as primeiras "reservas especiais",
os bons vinhos exclusivos dos imperadores. Eram famosos os vinhos romanos como o coecubum, o surrentium e o falenus.
Augusto tinha a exclusividade do vinho da Sétia, César preferia o de Messina e Petrônio não passava sem o Falerno de 100 anos,
glorificado e perpetuado no "Satyricon".

Vinho como remédio.

Vinho como remédio.

Todos nós já ouvimos alguém dizer, em tom de brincadeira, que o vinho é um santo remédio. Na verdade, na Grécia Antiga, Hipócrates, conhecido como o patrono da medicina, já receitava aos seus pacientes o vinho como laxativo, antitérmico, antisséptico e diurético. Também entre os hindus, desde o ano 2000 a. C., o vinho já era valorizado e suas propriedades
medicinais reconhecidas. Era até empregado como um eficiente anestésico pré-operatório. Também em Roma, a medicina aproveitou-se das propriedades terapêuticas do vinho. Galeno, o grande enciclopedista da Medicina, desinfetava com vinho as feridas dos gladiadores.

Paralelamente ao papel que representou e representa na mesa, na religião e na economia dos povos, o vinho é hoje indicado pelos médicos como uma bebida salutar, o que não é nenhuma novidade, pois Dioscórides, o pai da farmacologia, no século I da nossa era, e Hipócrates de Cós, o pai da medicina, quatro séculos antes, já mencionavam seu papel como medicamento.

Saturday, June 7, 2014

Verdade no vinho - In vinu veritas.

Verdade no vinho - In vinu veritas.

De Noé aos dias que correm, o vinho fez um roteiro através do mundo, passando por diversas culturas, prestando-se a inúmeras
funções. No Egito era utilizado nos funerais dos faraós. Carregado pelos escravos em grandes ânforas, sua presença estaria
assegurada aos amos na vida além-túmulo. Já nessa época existiam diversos tipos de vinho, um para cada ocasião. Apostando
em seus poderes afrodisíacos, Cleópatra servia a Marco Antonio o vinho Anthylla numa ânfora de ouro decorada com pedras
preciosas. Ou quem sabe, ao seduzir seu amante com a deliciosa bebida, a ciumenta rainha queria mesmo é conhecer todos os
segredos de Marco Antonio. Afinal, "in vinu vèritas" (Verdade no vinho) já diziam os romanos.


Como fazer vinhos - Sistema de condução latada da videira

Sistema de condução latada.


As latadas apresentam-se como caramanchões. 

A lenda Grega sobre a origem do vinho

A lenda Grega sobre a origem do vinho

Na Grécia, Dioniso, ou Dionísio como querem alguns, o deus do vinho, da colheita e da fertilidade, a princípio foi repudiado pela aristocracia, que não considerava a embriaguez dentro de seus padrões estéticos, mas acabou integrado ao panteão dos deuses gregos, tal sua importância junto ao povo. O ritual dionisíaco, muitas vezes agitado pelo consumo excessivo do vinho, tinha um aspecto mais grandioso em determinadas épocas do ano quando se fazia a representação da vida do deus, o que, com o passar do tempo, deu origem ao teatro grego.
A arte na cerâmica foi outro ramo que ganhou vitalidade com o vinho, já que ele era conservado e transportado em ânforas, valorizadas pelo formato e pela pintura aplicada a elas.
Quanto ao valor gustativo do vinho grego da época, temos nossas dúvidas... Pelo que se deduz, ele era um rosado excessivamente doce, provavelmente com um ligeiro toque de resina, tão concentrado que precisava ser agitado antes de ser bebido.
”Vita vinum est” (Vinho é vida) - são as palavras que Petrônio põe na boca de um dos personagens de sua obra Satyricon. Tanto para os pobres quanto para os ricos, o vinho era um gênero de primeira necessidade em Roma. O vinho romano já conta com propriedades excepcionais para sua conservação, e é guardado não só em ânforas, mas também em tonéis e garrafas. Na época de Augusto (27 a.C. a 14 d. C.) ainda se apreciava o vinho doce e forte, muitas vezes submetido a um processo de "cozimento" como o nosso atual Madeira. Acrescentava-se muitas vezes água salgada durante a fermentação para realçar a maciez do vinho e para evitar o gosto de bolor. Já por volta de 169 d.C., os vinhos especiais continuavam sendo os brancos, mas bebia-se vinho tinto no dia-a-dia romano.
Dioniso é adotado pelos romanos com o nome de Baco (como Dioniso era conhecido na Lídia). As bacanais eram a celebração de seu culto e tinham um caráter orgíaco e delirante, marcado principalmente pelas bacantes que, vestidas apenas com peles de leão, executavam danças frenéticas. Quanto às demais mulheres, a informação que temos é que, nos primórdios de Roma, eram proibidas de beber vinho porque a produção era escassa, havendo a permissão de que fossem beijadas pelos guardiães para verificar se haviam ou não transgredido a lei.

A mitologia grega conta que Zeus fez crescer uma videira para matar a sede e o cansaço de seu filho Dionísio, que então criou o vinho, bebida estimulante. Dionísio, o deus da fertilidade passou a ser também o deus do vinho. Mas, como não podia deixar de ser, até na tragédia grega o vinho apareceu. Conta a lenda que Dionísio apaixonou-se pela princesa Erigone. Para
conquistar o sogro, o rei Ícaro, Dionísio presenteou-o com uma videira. Ícaro ofereceu aos seus pastores o vinho produzido pelos frutos dessa videira. Como a bebida era mesmo muito saborosa e os pastores desconheciam a ressaca, beberam até não poder mais. No dia seguinte, ainda atordoados imaginaram que o rei havia tentado envenená-los. Furiosos, unem-se e matam
Ícaro. A princesa Erigone, desolada com a morte do pai, suicida-se. Para Dionísio conformar-se com a perda da amada, só mesmo uma boa bebedeira ... e mais um porre memorável.

Versão romana em mosaico do deus Dionísio.

Para os gregos, o vinho era uma criação de Dionísio, deus da fertilidade, da alegria e da própria bebida. Em Roma,
Dionísio (Baco para os romanos) era festejado com bastante vinho nas famosas bacanais.



Friday, June 6, 2014

A lenda Egípcia sobre a origem do vinho

A lenda Egípcia sobre a origem do vinho

No Egito, Osíris, o deus da vida após a morte, era o patrono da vinha, e os egípcios não só bebiam o vinho como o usavam para purificar o altar e a vítima nos sacrifícios religiosos. Além disso, jarras de vinho faziam parte dos tesouros que deveriam acompanhar as múmias reais em sua última viagem. Na tumba de Tutancâmon foram encontradas 36 ânforas, sendo que em 33 delas consta o nome do vinhateiro-chefe e 26 são "rotuladas", trazendo informações diversas, como a origem, a idade ou a classificação ("doces", "novos" ou "de ótima qualidade").

Como fazer vinhos - Sistema de condução espaldeira da videira

Sistema de condução espaldeira.


A espaldeira é o sistema mais usado para a condução das Vitis vinifera.

A lenda Persa sobre a origem do vinho

A lenda Persa sobre a origem do vinho

Uma lenda sobre o vinho que parece curiosa é a persa, relatada por Omar Khayyam

Jamsheed era um rei persa em cuja corte as uvas eram conservadas em jarros para que pudessem ser comidas fora da estação. Certa ocasião, um dos jarros começou a exalar um cheiro estranho, e as uvas nele contidas espumavam, por isso o jarro foi posto de lado para que ninguém se envenenasse. Uma jovem do harém, sofrendo dores de cabeça terríveis, resolveu suicidar-se bebendo o "veneno", só que, em vez de provocar sua morte, a beberagem lhe trouxe paz e um sono que lhe devolveu as forças. O rei, depois de ouvir a história da jovem, mandou que se fizesse uma quantidade maior de vinho, para que ele e sua corte pudessem tomá-lo.

Thursday, June 5, 2014

O vinho representa o sangue de Cristo

O vinho representa o sangue de Cristo


Na tradição cristã, o vinho assume um papel mais sóbrio e metafórico, passando a representar o sangue do Cristo, filho de Deus, no decorrer da celebração do culto ou da missa. Por isso, as vinhas começaram a ser cultivadas com finalidades litúrgicas nos monastérios e abadias que, com o tempo, se tornam grandes produtores de bons vinhos.

A parreira cultivada por Noé

A parreira cultivada por Noé

Segundo a tradição judaica transcrita no Pentateuco, a parreira teria sido a primeira planta cultivada por Noé depois do Dilúvio, e em seguida há a descrição de como ele bebeu o vinho e apareceu nu em sua tenda, numa alusão à bebedeira tomada por personagem tão ilustre. Coincidência ou não, a arca de Noé parou nas "montanhas do Ararat", num ponto entre a Turquia e Armênia atuais, reforçando a teoria que o vinho surgiu no Cáucaso, mesmo que se considere lenda a história de Noé.
Anterior ao Livro de Gênesis, a epopéia babilônica de Gilgamesh, escrita por volta de 1 800 a.C., mas se referindo a uma época bem mais remota, conta a história de Upnapishtim, que seria a versão original da história do Dilúvio, só que esse herói não faz vinho. A citação à bebida está num outro trecho do poema em que se relata a entrada de Gilgamesh nos domínios do sol, onde ele descobre a existência de um vinho extraído de um vinhedo encantado que lhe garantiria a imortalidade, se ele conseguisse bebê-lo.

 

A origem do Vinho

A origem do Vinho

O vinho, sem dúvida, originou-se no Oriente, na região do Cáucaso onde hoje se encontram a Geórgia e a Armênia, cerca de 7 000 anos a.C., espalhando-se depois para a Mesopotâmia, Síria, Palestina e Egito. Via Chipre e Creta, as parreiras conheceram a Europa; primeiro a Grécia, onde a vitivinicultura conheceu grande desenvolvimento, cabendo aos gregos difundi-la por todo o Mediterrâneo, depois pela Itália, pela França e por outros países mais. (Veja o Mapa)
Como tantas outras descobertas que o acaso permitiu ao homem, o vinho provavelmente foi fruto do esquecimento de algumas uvas em um recipiente, resultando numa fermentação natural e fazendo com que seu doce líquido se transformasse em álcool, álcool vínico. E os homens, mesmo sem entender como tinha surgido, perceberam que isso era bom e passaram a bebê-lo.
À medida que a inteligência do homem se desenvolve, ele começa a perceber a existência de fenômenos sobre os quais não tem controle e, sem saber explicá-los, atribui sua ocorrência a entidades superiores, os deuses. Para agradá-los, criam rituais de celebração, e o vinho segue os passos das diversas religiões que vão se formando e se transformando no correr da história.

História do Vinho

História do Vinho
Mural da Vila dos Mistérios em Pompéia (Itália)
Até que ponto a história corresponde à realidade e em que momento o homem começa a preencher as lacunas trabalhando com a imaginação os fragmentos de fatos narrados por seus antepassados?
Quando se fala de história, quanto mais remoto o período, mais nebulosos se tornam os acontecimentos, mas acho que podemos dizer que a história do vinho se confunde com a do homem civilizado.
A civilização nasce no período Neolítico, com a agricultura, tão logo os primeiros nômades que semearam grãos são obrigados a se instalar para esperar a colheita. Como a videira necessita de pelo menos quatro anos para dar seus frutos, o período em que ela começa a ser cultivada corresponde à época de transição social, quando os homens aos poucos abandonam a vida nômade para se fixar em determinados sítios, pois de outra forma não estariam presentes para colher a uva quando a videira começasse a produzir.

Definição do Vinho

Definição do Vinho

O vinho, por definição, é o produto da fermentação alcoólica do mosto de uvas frescas.
Diversamente do homem antigo, sabemos, desde 1860 e graças a Louis Pasteur, que o vinho não é produto do acaso nem uma dádiva dos deuses, mas que essa fermentação é produzida por microrganismos.
A fermentação alcoólica natural ocorre quando as cascas de uvas maduras se rompem, permitindo que as leveduras penetrem no fruto e desencadeiem o processo.
Na vinificação, são as uvas frescas esmagadas que sofrem a invasão de leveduras, que atacam principalmente os açúcares da fruta, formando, a partir deles, álcool etílico e gás carbônico. Inúmeras outras substâncias vão se formar nesse processo, de acordo com a uva empregada, o tipo de levedura e de fermentação.
O líquido espesso formado pelo suco da fruta, fragmentos de engaço, a casca da uva, sementes e a polpa, depois que a fruta fresca é esmagada, é o que se chama de mosto, que é a "matéria-prima" do vinho.
Quando na degustação de diversos vinhos encontramos uma variedade de aromas - de mato cortado à estrebaria, passando por café, frutas vermelhas e muito mais - e sabores que podem encantar ou frustrar o paladar, isso se deve às quase 500 substâncias químicas naturais, entre alcoóis, açúcares, ácidos, etc. que sofrem uma infinidade de combinações diferentes, produzindo uma enorme constelação de vinhos, para o prazer daqueles que os saboreiam.
Para garantir mais complexidade ainda à fabricação do vinho, além dos fatores ditos "químicos", agentes externos como o clima e variação do solo garantem a impossibilidade de haver duas safras idênticas, mesmo que originárias de um mesmo produtor.