Monday, July 7, 2014

A poda das videiras.

A poda das videiras.

Durante o inverno, enquanto a videira vive o seu período de repouso, deve ser feita a poda de frutificação. O momento ideal
para se podar a videira é aquele que antecede ao inchaço das gemas dos ramos maduros. A poda cuidará de eliminar estes ramos,
órgãos ultrapassados pelo fim do ciclo vegetativo. No novo ciclo que irá se iniciar após o período de hibernação, uma planta
renovada e vigorosa é fundamental.
Alguns princípios básicos regem a poda e a harmonia do ciclo vegetativo. E importante que eles sejam conhecidos. O primeiro
deles refere-se aos ramos. A videira não frutifica em ramos velhos. A frutificação só ocorre em ramos formados no ano, portanto,
em ramos jovens. Estes ramos resultam de gemas frutíferas e passam a se desenvolver após a poda. Podem ser identificados
pela sua casca fina e clara e, também, por serem mais retos que os ramos velhos. Estes são tortuosos e suas cascas, escuras
e ásperas.

Outros princípios que orientam a poda referem-se mais especificamente às gemas. É curioso notar que nas videiras, as gemas dos
ramos frutíferos são compostas e normalmente brotam somente as principais. Quando estas desaparecem - eliminadas através das
podas - as secundárias brotam e dão origem a ramos produtivos. Identificar porém quais são as principais e as secundárias é
praticamente impossível. Durante o período de repouso da videira a gema também se mantém hibernante. Apenas depois da poda
será possível saber qual é o caráter da gema. Caso origine frutos produtivos será principal, caso origine ramos vegetativos
será secundário.
Os ramos vegetativos são chamados de ramos ladrões. Não produzem frutos e é indicado eliminá-los, pois eles roubam energia
da planta. Da mesma forma devem ser eliminados todos os ramos defeituosos, enfraquecidos e excessivos. Somente os ramos
saudáveis permanecerão na planta. E, permanecendo, deverão ser aparados de forma a restar no máximo 15 gemas em toda sua
extensão.

A poda pode ser curta (pobre) ou longa (rica). A poda curta é aquela que limita a quantidade de gemas nos ramos para no
máximo 3. Geralmente esta poda é executada em plantas de vigor médio e que frutificam sobre qualquer ramo, inclusive sobre
os enfraquecidos. A poda longa é aquela que permite que a quantidade de gemas chegue a 15. Esse tipo de poda é executada nas
variedades em que as gemas frutíferas ficam distantes da base da vara. O nome vara é específico para as variedades que
comportam podas longas. Para aquelas que comportam apenas podas curtas permanecem na planta apenas a base das ramas
(2-3 gemas), chamadas de esporão.

As geadas primaveris podem chegar a prejudicar a vinicultura por causa dos brotos que começam a germinar. Por isso, os
vinicultores devem adiar a poda nesse período, evitando que os brotos fiquem expostos e sejam destruídos.


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