Tuesday, March 4, 2014

A lenda Grega sobre a origem do vinho

A lenda Grega sobre a origem do vinho
Na Grécia, Dioniso, ou Dionísio como querem alguns, o deus do vinho, da colheita e da fertilidade, a princípio foi repudiado pela aristocracia, que não considerava a embriaguez dentro de seus padrões estéticos, mas acabou integrado ao panteão dos deuses gregos, tal sua importância junto ao povo. O ritual dionisíaco, muitas vezes agitado pelo consumo excessivo do vinho, tinha um aspecto mais grandioso em determinadas épocas do ano quando se fazia a representação da vida do deus, o que, com o passar do tempo, deu origem ao teatro grego.

A arte na cerâmica foi outro ramo que ganhou vitalidade com o vinho, já que ele era conservado e transportado em ânforas, valorizadas pelo formato e pela pintura aplicada a elas.
Quanto ao valor gustativo do vinho grego da época, temos nossas dúvidas... Pelo que se deduz, ele era um rosado excessivamente doce, provavelmente com um ligeiro toque de resina, tão concentrado que precisava ser agitado antes de ser bebido.
”Vita vinum est” (Vinho é vida) - são as palavras que Petrônio põe na boca de um dos personagens de sua obra Satyricon. Tanto para os pobres quanto para os ricos, o vinho era um gênero de primeira necessidade em Roma. O vinho romano já conta com propriedades excepcionais para sua conservação, e é guardado não só em ânforas, mas também em tonéis e garrafas. Na época de Augusto (27 a.C. a 14 d. C.) ainda se apreciava o vinho doce e forte, muitas vezes submetido a um processo de "cozimento" como o nosso atual Madeira. Acrescentava-se muitas vezes água salgada durante a fermentação para realçar a maciez do vinho e para evitar o gosto de bolor. Já por volta de 169 d.C., os vinhos especiais continuavam sendo os brancos, mas bebia-se vinho tinto no dia-a-dia romano.
Dioniso é adotado pelos romanos com o nome de Baco (como Dioniso era conhecido na Lídia). As bacanais eram a celebração de seu culto e tinham um caráter orgíaco e delirante, marcado principalmente pelas bacantes que, vestidas apenas com peles de leão, executavam danças frenéticas. Quanto às demais mulheres, a informação que temos é que, nos primórdios de Roma, eram proibidas de beber vinho porque a produção era escassa, havendo a permissão de que fossem beijadas pelos guardiães para verificar se haviam ou não transgredido a lei.
A mitologia grega conta que Zeus fez crescer uma videira para matar a sede e o cansaço de seu filho Dionísio, que então criou o vinho, bebida estimulante. Dionísio, o deus da fertilidade passou a ser também o deus do vinho. Mas, como não podia deixar de ser, até na tragédia grega o vinho apareceu. Conta a lenda que Dionísio apaixonou-se pela princesa Erigone. Para
conquistar o sogro, o rei Ícaro, Dionísio presenteou-o com uma videira. Ícaro ofereceu aos seus pastores o vinho produzido pelos frutos dessa videira. Como a bebida era mesmo muito saborosa e os pastores desconheciam a ressaca, beberam até não poder mais. No dia seguinte, ainda atordoados imaginaram que o rei havia tentado envenená-los. Furiosos, unem-se e matam
Ícaro. A princesa Erigone, desolada com a morte do pai, suicida-se. Para Dionísio conformar-se com a perda da amada, só mesmo uma boa bebedeira ... e mais um porre memorável.
Versão romana em mosaico do deus Dionísio.

Para os gregos, o vinho era uma criação de Dionísio, deus da fertilidade, da alegria e da própria bebida. Em Roma, Dionísio (Baco para os romanos) era festejado com bastante vinho nas famosas bacanais.


Fonte: http://como-fazer-vinho.f1cf.com.br/

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