Atualmente os porta-enxertos são essenciais para qualquer vitivinicultor que deseja colher boas uvas. Os porta-enxertos são
variedades de videiras selvagens muito resistentes a algumas pragas, principalmente à Phylloxera vitifoliae.
Até meados do século XIX os porta-enxertos não eram adotados. Surgiram no início da segunda metade do século como solução
para uma grande epidemia de Phylloxera que ameaçava a sobrevivência da viticultura mundial. Essa praga atacava as raízes das
variedades européias e as destruía. Descobriu-se que as variedades americanas, devido à sua rusticidade, tinham raízes
resistentes ao ataque dessa praga, ainda que seus galhos e folhas fossem atacados. A partir daí passou-se a adotar os
porta-enxertos a fim de evitar novos perigos e de proteger as Vitis viniverae da exterminação.
Antes de se plantar qualquer variedade de videira, é necessário plantar o porta-enxerto. Normalmente - no Hemisfério Sul -
isso é feito no meio do ano, por volta de julho-agosto e no ano anterior à enxertia da variedade escolhida. O porta-enxerto
terá um ano para se desenvolver, adaptar-se ao meio e fixar bem suas raízes. Após um ano ele será fundido com a variedade
enxertada. O porta-enxerto é também chamado de cavalo e a variedade enxertada, de cavaleiro ou copa.
O porta-enxerto não é escolhido aleatoriamente. Deve ser selecionado conforme o clima, o solo e a espécie que será enxertada.
A escolha do porta-enxerto correto reverte-se para o aumento da quantidade e da qualidade dos frutos.
Os porta-enxertos devem ser plantados nas covas, nas valetas ou nas surribas preparadas. São colocados numa cavidade, de
modo que fiquem pelo menos duas gemas expostas. Após a colocação é imprescindível regar bem o cavalo e toda área que o
circunda. Além disso é preciso, com o auxílio de um chaço de madeira ou de um pedaço de pau, comprimir bem a terra ao redor
do porta-enxerto. A fim de evitar falhas é aconselhável plantar dois porta-enxertos por cova.
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